sexta-feira, 10 de maio de 2013

Como cheguei na hemodiálise





Olá, amigos!

Neste meu primeiro post, eu vou falar um pouco sobre a evolução da minha doença (insuficiência renal).

Aos 19 anos, em 1980, durante uma viagem, tive uma forte dor nas costas e desmaiei. Um companheiro do grupo era médico e diagnosticou como sendo uma cólica renal. Fui medicada e fiquei bem.

Cheguei em São Paulo e fui ao urologista. Foi diagnosticado um acotovelamento no ureter, cálculos e um grande cisto que envolvia o rim esquerdo. Foi necessário fazer uma cirurgia que foi um sucesso e o rim continuou com as suas funções.

Desde 1980 até 2009, fiz exames anuais e a função renal mantinha-se preservada, apesar do número de cistos aumentarem consideravelmente de tempos em tempos.

Em fevereiro de 2010, fiz um exame de sangue de rotina e algumas alterações foram observadas, como: hemoglobina = 9,3; creatinina = 2,7; uréia = 75 e outras. Fui, então, procurar um nefrologista.

O nefrologista me solicitou inúmeros exames e me prescreveu uma dieta hipoprotéica. Fui ajustando paulatinamente a dosagem e a quantidade dos medicamentos para tentar normalizar as taxas alteradas. A taxa da creatinina não abaixava, pois ela refletia os danos irreversíveis sofridos pelos rins. As demais taxas foram controladas.

Fui orientada pelo meu nefrologista a me cadastrar no SUS para receber os medicamentos de alto custo. Assim procedi e passei a recebê-los em casa. A cada três meses, eu fazia exames de sangue e preenchia o formulário de solicitação dos medicamentos, que eram retirados em casa pelo motoboy do SUS. Nesses três anos, posso afirmar que o serviço estadual, gratuito, de entrega de medicamento de alto custo em casa é excelente e nunca falhou.

A dieta para doença de rins policísticos é basicamente pouca proteína, pouco sódio e muita água.

Em 2 de maio de 2013, fiz os meus exames de rotina, mas a minha creatinina chegou em 7,26 mg/dl; a uréia em163 mg/dl; a depuração de creatinina em 8 ml plasma/min e o PTH em 195 pg/ml. Os meus rins estavam no limite e o nefrologista me recomendou fazer hemodiálise. Fiquei triste, com medo, ansiosa, frustrada e tudo de ruim passou pela minha cabeça. Ficar presa a uma máquina por três dias na semana durante quatro horas, com as veias ruins que eu tenho, era o fim.

Em 8 de maio de 2013, numa linda quarta-feira de sol, eu iniciei as minhas sessões de hemodiálise.

Espero aprender muito sobre este procedimento tão complexo e frequente para auxiliar os menos comunicativos.

Vamos juntos embarcar nesta jornada!


Com carinho,

Helô

6 comentários:

  1. Helô querida, vc é uma guerreira e muito generosa ao compartilhar este momento difícil para ajudar outras pessoas, estou com vc em pensamento e orações! bjs

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    1. Obrigada, Pat!
      Espero realmente poder ajudar os que estão na mesma situação que eu ou os que ainda estiverem melhor.
      Beijos com carinho

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  2. Helô, além de generosa é também carinhosa, mas não me espanto, conhecendo você e a esta família maravilhosa da qual sou fã incondicional, não poderia esperar outra atitude! Força sempre, conte comigo e parabéns pela iniciativa.
    Beijos!

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  3. Heloisa minha querida, só tem uma coisa que posso fazer rezar e pedir a Deus que te ajude a ficar boa,, e que consigas um rim pra fazer seu ansplante, tenha fé meu anjo! bjo muito carinhoso

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