terça-feira, 4 de outubro de 2016

A intensa dor da Infiltração

Olá, amigos!

Vou falar-lhes sobre a intensa dor sentida quando há infiltração durante a hemodiálise. No meu caso, eu não senti dor enquanto a máquina estava ligada, porém, após eu ser desligada, o meu braço estava muito inchado (edemaciado) e a dor era extrema. Com certeza, esta foi uma das piores e a mais duradoura dor que eu já senti nesses 55 anos de vida. Fiquem atentos e exijam que os profissionais observem e atendam os alarmes das modernas máquinas de hemodiálise. Sejam sempre alertas, ativos e protagonistas no cuidado de suas vidas!

Vou fazer uma breve retrospectiva até chegar no dia da infiltração, 26 de setembro: 

Em 19 de setembro de 2016, 2ª feira, eu acordei às 5 horas e fui, como de costume, para a minha clínica de hemodiálise. A técnica de punção utilizada em mim é a buttonhole, mais conhecida como túnel, na qual as punções são feitas sempre nos mesmos dois locais. Porém, após a sessão de 6ª feira, 16 de setembro, quando a técnica de enfermagem teve alguma dificuldade de puncionar o meu acesso venoso (puncionou uma vez, mas teve que movimentar a agulha umas 3 vezes sob a pele para encontrar o fluxo), eu percebi que, um pouco acima do túnel venoso, tinha uma parte endurecida. Então, assim que entrei na sala de hemodiálise, eu mostrei este endurecido para a técnica, enfermeira e médica. Nós temos sempre que relatar tudo que nos acontece. A médica junto com a enfermeira avaliaram o local da minha punção e, como eu relatei no post anterior, Hold on, eu fui puncionada por 8 vezes (6 vezes por uma enfermeira inexperiente e sem sucesso; 1 pela médica, também sem sucesso, e  finalmente 1 pela experiente enfermeira Rosanna de outra clinica e com sucesso). Fiquei sentada na cadeira da hemodiálise por cerca de 9 horas e 30 minutos. Mas era uma segunda feira, eu estava pesada, intoxicada e precisava fazer hemodiálise. Caso não conseguissem me puncionar, eu teria que ir ao hospital para passar um cateter. Mesmo assim, imaginem vocês ficarem este tempo todo sentados na mesma cadeira e na mesma posição. Conclusão, eu fiquei com o corpo todo doído,  além do braço machucado e dolorido, mas, acreditei que era um evento único e isolado, uma vez que nada parecido tinha acontecido comigo em 3 anos e 6 meses de hemodiálise. Segui em frente, na certeza de que tudo iria dar certo.

Em 21 e 23 de setembro, eu fui puncionada fora do túnel venoso e no mesmo local que a enfermeira Rosanna tinha finalmente conseguido me puncionar na 2ª feira, 19 de setembro. Foi utilizada uma agulha de menor calibre e a máquina ficou com o fluxo baixo. As agulhas ficaram muito próximas, o que não é o recomendável, e o KTV não foi atingido. Mas fui em frente! Cuidei muito do meu braço no final de semana e acreditei que na 2ª feira, 26 de setembro, tudo voltaria ao normal.


                                 
                                     Foto da proximidade da punção arterial e venosa


                                              
                       Foto do meu braço após inúmeras punções, mas sem estar edemaciado (inchado)
Após esta breve retrospectiva, chegou o primeiro dia da infiltração.

Em 26 de setembro, 2ª feira, eu cheguei na clínica com toda a fé e força, que é do meu temperamento. A médica e a enfermeira foram novamente analisar as minhas veias. A enfermeira não conseguiu puncionar na proximidade do local da semana anterior. Puncionava e o sangue não fluía. Movimentava a agulha sob a pele e nada. Eu sempre torcendo para que ela conseguisse. Tirou a agulha. Devolveu o sangue. Colocou gelo. Tentou novamente e nada. Eu sentei na cadeira da hemodiálise às 6h10. Na 3ª tentativa, por volta das 10 horas, a mesma enfermeira de quase todas as punções das 4 últimas sessões tentou novamente e o sangue fluiu. A médica mandou deixar o fluxo baixo. Assim que ligou a máquina a pressão venosa alarmava e estabilizava, apesar do fluxo baixo. Um novo alarme indicou que a PV estava 300 e imediatamente a técnica de enfermagem chamou a enfermeira. Ela me perguntou se o local da punção estava doendo e eu respondi que o meu braço todo doía após tantas punções, mas nada insuportável. E assim foi durante toda a sessão (4 horas). No final, quando a técnica foi me desligar, eu senti uma dor muito intensa. Percebi que o meu braço estava muito inchado, mas ainda não estava roxo. A médica chamou um vascular para verificar a minha fistula. Ele fez um Doppler da fistula na minha cadeira da hemodiálise e diagnosticou um aneurisma no local puncionado nas 3 últimas sessões, uma estenose próxima do túnel venoso (local que indiquei que estava endurecido) e mostrou uma veia boa para ser utilizada na próxima sessão. Eu fiquei surpresa com o diagnóstico, pois, em julho de 2016, eu tinha feito um Doppler da fístula num dos mais renomados hospitais de São Paulo e nada de anormal tinha sido diagnosticado. Perguntei se esta estenose poderia ter aparecido após julho de 2016, mas ele não respondeu. Mais uma vez eu fiquei tranquila e esperançosa por ele ter diagnosticado que a minha fistula estava boa. Ótimo!

Eu estava com tanta dor no braço, que saí chorando. A médica e a enfermeira foram atrás de mim no hall do elevador, mas sem qualquer gesto de conforto ou compaixão. O erro existiu e este foi o da enfermeira não ter desligado a máquina quando insistentemente alarmava pressão venosa alta e me repuncionado. Eu só fiquei sabendo depois que isto é o que TEM que ser feito. Eu nervosa e com uma dor extrema ameacei que se aquela enfermeira me puncionasse na próxima sessão, 28/9/2016, 4ª feira, eu iria mudar de clínica. No decorrer do dia, eu falei com a médica sobre uma possível consulta com o vascular e a possível angioplastia. Contrariando a minha família, eu telefonei na clínica e pedi desculpas para a referida enfermeira sobre a forma indelicada que eu tinha falado com ela. Não me desculpei do teor das minhas críticas. Ela logo me tranquilizou e disse que a enfermeira mais antiga e experiente estaria na 4ª feira e que ela me puncionaria. Eu novamente fiquei tranquila e confiante, pois o local da próxima punção tinha sido apontado pelo vascular e a enfermeira mais experiente iria me puncionar!

Infelizmente, a foto colada abaixo não mostra o real tamanho do meu braço. Ele estava muito inchado (edemaciado) decorrente da lenta e constante infiltração decorrente do mal posicionamento da agulha no meu acesso venoso. Eu nunca senti uma dor tão intensa e prolongada. Eu não conseguia pentear os cabelos, usar a faca ou escovar os dentes nas primeiras 48 horas. Chorei muito e dormi pouquíssimo por não poder encostar o braço em nada. Eu até perguntei para a médica se não era uma erisipela decorrente de uma possível infecção causada pelas 8 punções. Eu me lembrei da minha avó que teve algumas vezes erisipela e reclamava que a dor era muito forte. A médica garantiu que não. O meu braço foi ficando roxo dia após dia e dia e o edema persistia. A médica me mandou apenas colocar compressa de água morna. Foi o que fiz!



                                 
                                    Foto do meu braço edemaciado (após 4 horas de infiltração)


Na 4ª feira, 28 de setembro, eu cheguei na clínica mais tranquila, pois sabia que tinha uma veia boa para ser puncionada e o local tinha sido indicado pelo vascular. A médica e as duas enfermeiras vieram analisar o local da punção. Eu realmente estava tranquila, porque a enfermeira mais experiente tinha voltado de férias. Mas, para minha surpresa e indignação, a médica mandou a mesma enfermeira das sessões anteriores e menos experiente me puncionar no local demarcado pelo vascular. Ela puncionou. Ligaram a máquina de hemodiálise e logo o alarme de pressão venosa alta soou. Mais uma vez, ela me perguntou se estava doendo e eu novamente respondi que o meu braço todo doía. Nada dela vir desligar a máquina ou me repuncionar. Como pode não confiar no alarme de uma máquina tão avançada? Felizmente, a médica entrou na sala, ouviu o alarme, mandou desligar a máquina e constatou o calombo (inchaço, infiltração) que tinha se formado no meu braço perto do cotovelo. Eu continuei a dizer que não sentia tanta dor, apesar da agulha estar com certeza fora do vaso. Insisto em dizer que eu não sou muito sensível a dor, mas não sei mais se isso é bom ou não. Fiquei com muita, muita, muita raiva da médica por ter insistido que aquela inexperiente enfermeira me puncionasse. Fiquei com muita, muita raiva da enfermeira inexperiente que insistiu em me puncionar, apesar de toda sua insegurança e da situação tensa que tinha sido gerada nas últimas sessões. Controlei a minha raiva. Respirei fundo, rezei muito e não deixei transparecer os meus sentimentos. Tinha que fazer hemodiálise. Coloquei gelo por 5 minutos no local da dolorida infiltração. Na 2ª tentativa de punção, apesar de não ser mais na veia boa indicada pelo vascular, a enfermeira mais experiente me puncionou e fiz a sessão com fluxo baixo e sem atingir o KTV, que mede a eficácia da filtragem da hemodiálise. Já era a 5ª sessão ruim. 

Nenhuma palavra de consolo ou de desculpas eu ouvi da médica ou da enfermeira. Simplesmente agiram como se tudo isso fosse normal. A dor, a infitração e a má punção não é normal. Pode acontecer, como aconteceu, mas foi um erro, especialmente o ato da enfermeira não ter desligado a máquina quando o alarme de pressão venosa alta soava, ter me repuncionado ou até mesmo me dispensado daquela sessão. Atitude cruel e desumana!


                                   
                                                     Foto do meu braço em 28/9/2016

Eu cheguei revoltado e dolorida em casa. Pensei bem e avaliei que, todas as vezes que a técnica de enfermagem tivesse dificuldade de me puncionar, pelo protocolo ou alguma regra interna da clínica ou da médica responsável, ela teria que chamar a enfermeira e seria esta enfermeira inexperiente que me puncionaria até conseguir, independentemente dos números de tentativas. Isto nunca mais! Fiquei muito insegura! Conversei com a minha família e amigas, que me aconselharam a mudar imediatamente de clínica. Decidi que jamais voltaria lá! Vale mais uma equipe qualificada que equipamentos de última geração. Se pudermos juntar os dois, é o ideal, mas, se tiver que escolher, escolha onde haja uma equipe qualificada.

Telefonei ainda na 4ª feira, 28/9, na outra clínica que eu tinha feito hemodiálise, que é mais simples e com máquinas de hemodiálise menos modernas e com a reutilização das linha e do capilar. Paciência! Tinha vaga no mesmo turno (6h30 às 10h30) que eu fazia e queria. Eu e o meu convênio ficamos muito felizes, eu, porque voltaria a me sentir segura com a antiga e qualificada equipe, e o meu convênio, porque eu voltaria para a clínica que cobra cerca de 15% do valor da anterior.
Em 29 de setembro, 5ª feira, eu fui até a clínica nova. Fui tão bem recebida por TODOS, que me emocionei de verdade. Como é imprescindível o calor humano!!! Especialmente quando nós temos que comparecer no local por tempo indeterminado, por 3 vezes na semana e lá ficar por quase 5 horas. Coloquem-se no meu lugar. Eu já fiz mais de 530 sessões. Felizmente, na nova clínica a enfermeira me puncionou na 1ª tentativa e fiz uma boa hemodiálise. Ela mesma me disse que, se não conseguisse de primeira, ela chamaria outra pessoa. É assim que é nos melhores laboratórios e hospitais de São Paulo! A minha faxineira de 70 anos e que trabalha para mim há 16 anos ficou entristecida ao ver o estado do meu braço e eu chorando muito de tanta dor. Ela sempre me via alegre e otimista, além de nunca ter me visto chorar de dor.  Ela me agradou demais e ainda me disse que até no SUS também a profissional só tenta puncionar 2 vezes. Como regras tem que ser observadas, independentemente do sofrimento de uma pessoa? Por quê uma mesma enfermeira tem que puncionar várias vezes e não pode designar uma técnica de enfermagem mais experiente? Este legalismo, ou simples atitude inflexível, é desumano e não privilegia os sentimentos humanos. Inconcebível!!!

Em 30 de setembro, 3 de outubro, 5 de outubro e 7 de outubro, eu fui puncionada de 1ª e fiquei novamente aliviada. O meu braço está muito inchado e este estado dificulta uma punção, mas mesmo assim eu fui puncionada na 1ª tentativa. Pode-se concluir que a minha fístula estava boa e que de fato a enfermeira inexperiente não tinha capacidade para puncioná-la. Foram 5 sessões de muitos erros de punção e infiltração contra 5 sessões normais, nas quais eu fui puncionada na 1ª tentativa, não tive dor ou infiltração. Como pode?

Eu estou bem. A dor está menor a cada dia, mas ainda sinto dor. Mesmo assim, eu vou ao médico vascular no próximo dia 10 de outubro para ouvir a sua opinião e fazer o que ele achar melhor. 

Estou sinto saudades de algumas pessoas da minha antiga clínica. Todas as mudanças geram perdas e ganhos! Eu recebi esta oportuna mensagem e a dedico a essas pessoas especiais que deixei na clínica antiga:

Retalhos

"Sou feita de retalhos. Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma. Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.
Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior... Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade... que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.
E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também. E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados... haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma. Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.
E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de 'nós'."

Obrigada a vocês da minha antiga clínica pelas conversas, risadas, atenção, carinho, preocupação, cuidado...Talvez nunca mais nos veremos, mas jamais os esquecerei!!! 

Hoje, 8 de outubro, já passou 12 dias da 1ª infiltração e 10 da 2ª, eu ainda sinto dor no braço e dificuldade para dormir pela dor do contato do braço com o colchão. Eu realmente sofri muito!




                                            
                                                 Foto do meu braço em 4/10/2016



                                   



                                        


                                     


Eu faço hemodiálise desde 8/5/2013 (3 anos e 5 meses). Fiz 1 ano e 11 meses nesta clínica para qual voltei no dia 29 de setembro e 1 ano e 6 meses da antiga clínica. A minha mudança da primeira para a segunda clínica foi exclusivamente motivada por poder fazer hemodiálise na melhor máquina do mercado brasileiro, na qual o filtro e a linha são descartáveis, o que é o ideal, aumenta a eficácia da hemodiálise e a nossa qualidade de vida. Mas como estava, não dava mais para mim. Os erros acontecem, mas a postura de uma equipe perante eles é o que faz a diferença. Essas duas infiltrações (ERRO de não parar a máquina ao ouvir o constante alarme soando e indicando PV alta, que quer dizer agulha mal posicionada, e me repuncionar) me causaram muita dor e uma indiferença total da equipe. 

Como todos os que me conhecem sabem, eu procuro seguir a risco todo o tratamento para assim sofrer o mínimo possível. De modo que eu acho inaceitável e inadmissível, uma enfermeira puncionar o paciente por mais de 2 vezes consecutivas, mesmo que esta atribuição tenha que ser delegada para uma técnica de enfermagem, que pode ser menos graduada, mas ser mais experiente. Eu pedi isso para a médica e até indiquei o nome da técnica. Mas ela ignorou o meu pedido. Muito inflexível!!! Sinceramente, eu ainda não consigo entender o porquê. Não é o diploma que confere a destreza a um profissional e sim a prática. Saber delegar no momento certo é ser um profissional responsável.

Diante desse episódio que eu vivi nessas 5 sessões da clínica referência em São Paulo, eu sugiro que haja um treinamento mais eficaz da equipe de enfermagem em relação à punção. As técnicas de enfermagem e enfermeiras só precisam do Certificado de Curso para começarem a atuar nas clínicas de hemodiálise e nos puncionarem com agulhas calibrosas. Concordo que a prática se adquire com o tempo, mas elas deveriam ser melhor preparadas antes de começarem a atuar. O médico precisa fazer Residência em Nefrologia para cuidar dos doentes renais crônicos em hemodiálise. Por quê também não exigir alguma especialização em punção dos profissionais de enfermagem? 

Eu clamo que cada um de vocês de qualquer equipe profissional que atue na área da saúde se coloque no nosso lugar de paciente para assim buscar um tratamento mais humano. No nosso caso, quem faz hemodiálise, pense se naquela máquina estivesse o seu filho, marido, pai, mãe ou alguma outra pessoa que você goste, como você queria que ele fosse tratado? Ou se fosse você mesmo que estivesse naquela máquina, aceitaria qualquer coisa e até mesmo ser cobaia? É necessário que o profissional da saúde não se torne um robô cruel e insensível com o passar do tempo. Trabalhe com amor, dedicação, profissionalismo, equilíbrio e razoabilidade, pois um dia poderá ser você ou seu familiar que estará naquela situação. 

O selo de qualidade de um serviço na área da saúde deveria também estar atrelado ao tratamento humano dos pacientes. Este sim a diferença!!!



"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente." (Willian Shakespeare)


Com carinho,

Helô



OBS: Visitem a minha página do Facebook chamada Blog Hemodiário (https://www.facebook.com/BlogHemodiario) e o meu perfil do Instagram com o nome de @blog_hemodiario. Até lá!

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10 comentários:

  1. Parabéns pelo blog..Ajudou muito quando um familiar precisou de diálise.Torcendo pelo teu breve transplante!

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  2. Oi Helô prazer me chamo Andre Luis , tenho 37 anos e sou renal crônico desde Agosto de 2016, aconteceu comigo pois era um diabético rebelde até que tive todos os sintomas e me sentir muito mal até colocarem o catéter e fazer a primeira diálise, faço diálise pelo SUS desde Novembro comecei a fazer pela fístula, tudo estava tranquilo até que se criou um ovo próximo ao meu cotovelo (não é feito comigo o método Button, queria até que fosse feito, pois tenho sentido muita dor), agora no início de Fevereiro trocou a enfermeira que me punciona e ela acabou puncionando onde já estava magoado, foi um dor imensa, na clínica que faço diálise sempre me puncionam 3, 4 X os enfermeiro chefe sempre quer jogar a culpa nas minhas costas dizendo que não faço as compressas e exercício com a bolinha, mas eu faço no mínimo 4 X compressa por dia e para onde vou levo a bolinha e sempre faço o exercício, depois desse dia sinto um choque no braço próximo ao pulso que não consigo nem movimentar o braço direito, por favor me ajuda meu braço voltará ao normal? Eu queria saber como eu posso trocar de clínica para uma clínica que trabalha com Button, já descobri uma aqui em Niterói que faz dessa forma, fiquei muito nervoso com medo de perder minha fístula, não quero ficar com os dois braços danificados, sou cabeleireiro não quero deixar de trabalhar!!! Muito obrigado por escrever sobre esse assunto, lendo seus posts vejo a minha realidade e não me sinto mais tão só!!!

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    1. Bom dia, André!
      O pior erro em hemodiálise é um técnico de enfermagem ou enfermeiro puncionar um paciente mais de 2 vezes. Se ele não estiver conseguindo, DEVE chamar outro profissional. Assim é o procedimento nos melhores laboratórios e hospitais de São Paulo.
      O 2º erro é não atender os alertas das máquinas de hemodiálise. Isso foi o que aconteceu comigo. A máquina "avisava" que a PV (pressão venosa) estava alta, que quer dizer agulha mal posicionada na veia, e a profissional não me repuncionava, pois já tinha tentado por várias vezes. Simplesmente ela diminuía o fluxo e desligava o alarme. Assim, o meu sangue foi extravasando lentamente e a dor do inchaço no final da hemodiálise foi terrível. Esta durou por alguns dias. Foi a pior é mais comprida dor que já senti.
      Eu mudei de clínica após 5 sessões seguidas sendo puncionada diversas vezes por uma mesma enfermeira, que não delegou tal ato para uma técnica de enfermagem mais experiente. ABSURDO!!! E eu estava em uma das melhores clínicas de São Paulo. Daí conclui que a capacidade humana vale muito mais que o luxo ou equipamentos de última geração. O homem ainda é insubstituível!
      Em relação a colocar a culpa no paciente, depende do caráter de cada pessoa. Muitas não assume seus erros. Isto é do ser humano.
      Eu usei a técnica de buttonhole por 3 anos e 4 meses. Porém, além das inabilidades em me puncionar nessas referidas 5 sessões, que danificaram o meu túnel venoso, eu tive 2 infecções próximas por Stafilococus Aureus e a médica da minha clínica atual mandou eu ser puncionada pela técnica rotativa. O meu braço está ótimo e raramente me puncionam mais de 1 vez.
      A inabilidade profissional foi confirmada quando outra profissional de outra clinica me puncionou de 1ª nas sessões seguintes daquelas fatídicas 5.
      Seja sempre proativo. Cuide da tua FAV e queira sempre saber o porquê a máquina está alarmando.
      Boa sorte!
      Fé e força!
      Abraço, Helô

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  3. Oi Help. Meu pai está passando pelo mesmo problema, acabaram com o braço dele. Será que foi na mesma clinica? Poderia me dizer onde foi e onde você foi fazer depois estou com muita dó dele.

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  4. Boa tarde, Keli.
    Nesta época, eu fazia hemodiálise na CETENE do Hospital 9 de julho, na cidade de São Paulo. O problema foi a médica ter insistido para que a inexperiente enfermeira “pegasse as minhas veias” e não deixasse que alguma hábil técnica de enfermagem, por ser o protocolo. A sensibilidade e a humanidade devem estar acima do protocolo.
    O hematoma é absorvido com o tempo. Melhoras! Abraço, Helô

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  5. Boa noite, creio que minha mãe passa pelo mesmo problema, quais os cuidados que tem q ter em casa para amenizar a dor e o inchaço? Abraços

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    1. Bom dia! Eu colocava gelo no local a cada 2 horas por 20 minutos e aguardava o corpo absorver o hematoma. Abraço

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  6. Boa tarde minha mãe tem fístula e perdeu movimentos da mão e dores fortes direto o que fazer

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    1. Boa tarde. Infelizmente eu não sei o que ela deve fazer. O hematoma (inchaço) do meu braço foi absorvido lentamente, mas demorou para ficar bom.

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