Olá, amigos!
Com carinho,
Helô Junqueira
Olá, amigos!
Olá, amigos!
Hoje, 17 de dezembro de 2021, o ano está chegando ao fim e eu gostaria de contar-lhes brevemente sobre quando eu tive COVID-19.
Em 15 de fevereiro de 2021, eu senti um incômodo no lado direito da garganta. Nada demais. Comecei a fazer gargarejo e não me preocupei. No dia seguinte, eu senti muito cansaço e acreditei estar resfriada. Medi a temperatura e estava 36,5º. Continuei não preocupando. O meu marido teve febre de 38°, tomou uma Dipirona e viajou para o interior.
Em 18 de fevereiro de 2021, eu recebi um SMS do Hospital do Rim, alertando que a qualquer sinal de dor de garganta ou algum outro sinal de gripe telefonasse para um determinado número. Não custava nada telefonar. Eu telefonei e fui atendida por uma médica muito gentil, que me escutou e me recomendou ir até o hospital do Rim para fazer um teste para o COVID-19. Eu fui coletar o PCR no dia 19 e foi constatado que eu estava com COVID. Fiquei com muito medo.
Em 20 de fevereiro de 2021, a médica que me acompanha desde que fiz o transplante renal, em 31 de agosto de 2017, me telefonou e me perguntou se eu gostaria de fazer um procedimento experimental, que seria uma transfusão de plasma convalescente para COVID-19. Eu aceitei e assim recebi esta transfusão no Hospital do Rim em 22 de fevereiro. Depois da transfusão, eu fui para casa e fiquei em isolamento por 21 dias. Como o meu marido também tinha sido diagnosticado com COVID, ele voltou do interior e ficamos os dois em isolamento. Eu tive um cansaço absurdo e fiquei monitorando a oxigenação. Alguns sintomas apareciam e despareciam, como: dor de barriga, fadiga, sudorese, boca seca, dor de garganta...A oxigenação ficava em torno de 94, o que era boa, e só deveria ir a qualquer hospital se fosse abaixo de 90. O Hospital do Rim estava lotado e, caso eu piorasse, eu não poderia ficar internada lá. O medo era uma constante, principalmente por saber que a mortalidade entre os transplantados era alta (33%). Eu acreditei na transfusão e acho que isto me animou. Mais tarde, eu soube que este procedimento era ineficaz e não mais estava sendo utilizado. Eu fiquei curada e a sequela que tive foi uma fadiga eventual por uns três meses.
Além da transfusão de plasma que recebi, eu só pude tomar Dipirona ou Tylenol quando necessário.
O meu marido, que não tem nenhuma doença crônica, ficou com mais de 50% dos pulmões comprometidos, teve muita febre, tosse, perda do paladar...,A sua oxigenação ficou ótima, em torno de 96, e assim não precisou ser internado. Felizmente por ele e por mim, uma vez que ficamos apenas nós dois em isolamento cuidando um do outro. Ele ficou curado e a sequela que teve foi perda parcial do paladar por alguns meses.
Eu tive que aguardar 30 dias após os 21 dias do início dos sintomas da COVID para tomar a primeira dose da vacina contra COVID-19. De modo que tomei a primeira dose em 7 de abril de 2021. Segundo a minha médica, eu poderia tomar qualquer uma das vacinas disponíveis e foi assim que eu fiz.
Eu confesso que quando eu fiquei sabendo da ineficácia do procedimento experimental chamado de USO COMPASSIVO DE PLASMA CONVALESCENTE PARA COVID-19, que eu recebi em 22/2/2021, eu fiquei emocionada e muito grata a Deus por mais esta vitória.
Esta doença é ainda muito desconhecida e o medo dela é a ausência de tratamento.
Um feliz a abençoado Natal para todos!!!
Com carinho,
Transplante de rins aumenta risco de morte por COVID-19
(08 de maio de 2020) (Bibliomed). Pessoas que passaram por um transplante renal estão em maior risco de desenvolver a forma grave da COVID-19 e de a infecção resultar em morte. Isso ocorre porque o tratamento pós-cirúrgico de um transplante de rins inclui o uso de medicamentos anti-imunes, o que torna a pessoa mais suscetível a infecções.
Realizado pelo Montefiore Medical Center, nos Estados Unidos, o estudo analisou os resultados de 36 pacientes transplantados renais diagnosticados com COVID-19 entre 16 de março e 1º de abril de 2020. Quase um terço desses pacientes morreu devido à infecção pelo novo coronavírus e, na maioria dos casos, o COVID-19 piorou rapidamente. Trinta e nove por cento dos pacientes precisaram ser colocados em um ventilador mecânico e quase dois terços (64%) dos pacientes ventilados morreram.
Os resultados mostram uma mortalidade precoce muito alta entre os receptores de transplante renal com COVID-19 - 28% em três semanas, em comparação com a mortalidade relatada de 1% a 5% entre pacientes com COVID-19 na população em geral.
Os pacientes que recebem órgãos doadores recebem medicamentos supressores do sistema imunológico para ajudar a prevenir a rejeição do novo órgão. Mas isso significava que a maioria dos pacientes tinha baixos níveis de células sanguíneas do sistema imunológico necessárias para montar uma forte defesa contra qualquer doença infecciosa. Portanto, para os pesquisadores, o novo estudo "apoia a necessidade de diminuir doses de agentes imunossupressores em pacientes com COVID-19".
Os autores explicam que isso é especialmente verdadeiro para pacientes transplantados que recebem um medicamento imunossupressor chamado globulina antitimócita, que diminui todos os subconjuntos de células T do sistema imunológico por muitas semanas. Dois dos oito pacientes do estudo que não precisaram de hospitalização, mas foram monitorados em casa, também morreram e ambos estavam tomando globulina antitimócita.
Além disso, pacientes com transplante de órgãos que desenvolvem COVID-19 também podem representar riscos elevados para os profissionais de saúde. Indicações precoces sugerem que os receptores de transplante podem ter cargas virais mais altas e liberar vírus por um período prolongado de tempo, os chamados 'super-shedders'.
Fonte: The New England Journal of Medicine. DOI: 10.1056/NEJMc2011117.
Copyright © Bibliomed, Inc.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
Link do artigo: https://www.boasaude.com.br/noticias/12259/transplante-de-rins-aumenta-risco-de-morte-por-covid-19.html
Os transplantes de doadores falecidos estão sendo feitos normalmente no Hospital do Rim, mas os transplantes entre os doadores vivos estão suspensos. Porém, as doações de rins de falecidos diminuíram 40% no Brasil. Triste realidade.
Nós transplantados somos muito gratos pela vida que temos com o rim recebido. Assim, devemos mostrar a nossa gratidão nos cuidando muito bem e fazendo sacrifícios nesse momento de pandemia para preservarmos as nossas vidas.
Com carinho,
Helô Junqueira