terça-feira, 19 de setembro de 2017

Transplantes - José Medina Pestana

Olá, amigos!

Hoje, 19 de setembro de 2017, vou postar o link da palestra do renomado Dr. José Medina Pestana, ou simplesmente, Dr. Medina, que é uma das maiores sumidades em transplante renal do Brasil.

Nesta palestra, de modo simples e didático, ele nos ensina a importância, a necessidade e o poder que o transplante de órgãos promove na vida humana. Por que precisamos conversar e colocar em destaque tal ação?




Esta importante palestra não teve fins lucrativos.

Assista, curta e divulgue está esclarecedora é interessante palestra!!!

Seja um doador de órgãos! Lembre-se de avisar a tua família sobre esta tua intenção, uma vez que, no Brasil, os órgãos dos intencionados doadores só poderão ser doados com a autorização de seus familiares após a morte encefálica.

Doe órgãos, doe vida!!!



       


Com carinho,
Helô



OBS: Visitem a minha página do Facebook chamada Blog Hemodiário (https://www.facebook.com/BlogHemodiario) e o meu perfil do Instagram com o nome de @blog_hemodiario. Até lá!

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terça-feira, 12 de setembro de 2017

A emoção do meu transplante

Olá, amigos!

Hoje vou falar-lhes sobre a emoção do meu transplante. Sem sombra de dúvida, um dos melhores momentos da minha vida. É indescritível a alegria que senti!!!!

Os meus rins começaram a parar em janeiro de 2010, aos meus 48 anos. Eu tinha rins policísticos e, desde os 18 anos, eu acompanhava anualmente a função renal. Em 2010, comecei a fazer uma dieta conservadora (hipoproteica) para poupar o máximo os meus rins. Eu me sentia sempre cansada, com náusea (ureia sempre alta) e indisposta, mas trabalhava muito e sempre procurava o lado bom para ser alegre e feliz. Em maio de 2013, aos meus 52 anos, eu iniciei a hemodiálise. Apesar da dor da punção, câimbras, infecções, desmaios, hipotensões, restrição líquida e alimentar, eu me sentia melhor no que durante a dieta conservadora, principalmente porque após a hemodiálise a minha ureia ficava normal. Eu fazia hemodiálise nas 2ª, 4ª e 6ª feiras durante 4 horas. Em 31 de agosto de 2017, eu finalmente fiz o tão sonhado transplante renal!!! Foram 7 anos, 7 meses e alguns dias de muito sofrimento, mas eu vivia um dia de cada vez, sempre agradecendo por estar viva e assim eu estava sempre alegre. Eu amo viver!!! Eu amo minha família e meus amigos!!! Sempre tive motivos de sobra para ser feliz!!!

Assim que eu comecei a fazer hemodiálise, em 8 de maio de 2013, eu nada sabia sobre este tratamento. Resolvi então fazer o Blog Hemodiário para compartilhar aprendizado e experiências. Foi a melhor coisa que eu fiz. O retorno foi enorme e sei que motivei muitos doentes renais e seus familiares. Agora, começarei a aprender sobre transplante e da mesma forma compartilhar experiências e aprendizados. Vamos sempre seguir em frente!


                                      
     

Agora vou contar-lhes o passo a passo da emoção do meu transplante. O sentimento de alegria foi indescritível, mas vou tentar.

A 3ª feira, 29 de setembro de 2017, foi um dia normal. Como eu não fazia hemodiálise, eu acordei às 7h30, tomei café da manhã e fui passear pelo bairro, como de costume. Aproveitei e fui ao cabelereiro, um, porque eu gosto de arrumar o cabelo e fazer as unhas, e dois, porque lá é um lugar muito agradável e dou boas risadas. Fui almoçar com o Laerte, meu dedicado marido, no clube. O dia estava lindo. Voltei para casa, li, escrevi, assisti jornal, novelas, jantei com os meus filhos e fui dormir por volta das 22 horas, pois no dia seguinte eu acordaria às 5h para ir para hemodiálise. Não sei se há um motivo, mas eu nunca dormi durante as sessões de hemodiálise. De repente, às 2h da madrugada, o telefone fixo tocou. Eu atendi e um homem se identificou como Junior da Central de Transplantes. Meu coração disparou e lágrimas rolaram insistentementes. Ele fez diversas perguntas, as quais não me recordo de nenhuma. Só me recordo quando ele me disse que tinha um doador compatível comigo (Como assim? O meu Painel, que é a percentagem de anticorpos reativos, é 89%, que é altíssimo? A maioria das pessoas têm painel 0%. Se acharam uma agulha no palheiro para mim, todos que tem painel alto poderão ter esperança! Viva!!!) e que a cirurgia para extração do rim ainda não tinha começado. Fechei e abri os olhos várias vezes para ter certeza de que não era um sonho. Ela disse ainda que uma enfermeira iria entrar em contato comigo e que até lá eu deveria levar a vida normal. Como assim? Eu queria ir para o Hospital do Rim para esperar o meu novo rim. Mas fiz o que ele me orientou. Nós 4 (eu, Laerte marido, Laerte filho e Fernanda filhe) estávamos atônitos no meu quarto. Nos entreolhávamos sem acreditar no que estava acontecendo, mas extremamente felizes. Rezei muito para que aquele rim fosse meu e funcionasse bem! 

Na 4ª feira, 30 de agosto, eu acordei às 5h03 (adoro o 8) e o meu leal companheiro me levou para hemodiálise, como sempre. Quando ele viajava, o meu filho Laerte me levava. Cheguei na hemodiálise e não contei, uma vez que o rim ainda não era meu. Foi a mais longa hemodiálise das 676 que eu fiz. Só pensava como seria a minha vida com um novo rim. Eu iria poder tomar água à vontade, iria voltar a fazer xixi, poderia acompanhar o meu Laerte nas suas suas viagens, poderia tomar suco de laranj, comer frutas variadas. Estava em êxtase, mesmo com a incerteza de ser a contemplada. Cheguei em casa às 11 horas e não desgrudei do telefone. Chegou meio-dia e nada. Chegou 13 h e nada. Laerte saiu sorrateiramente e de repente me ligou que tinha ido ao famoso 6º andar do Hospital do Rim, mais conhecido como hrim, e viu o meu nome na lista dos que iriam ser chamados ao hospital. Resolvi então arrumar a minha mala. Às 15h30, a enfermeira Bruna me telefonou e falou que eu deveria ir até o 6º andar do hrim com os últimos exames que eu tivesse é com alguns documentos. Eu perguntei sobre a mala e ela disse que por enquanto a deixasse em casa.

Eu e o Laerte fomos ao 6º anda do hrim. Cheguei lá e fiquei sabendo que tinham 8 rins para serem transplantado. Soube depois que 7 desses foram transplantados no hrim. Uma médica nefrologista me consultou. Fez várias perguntas, me examinou, ficou com os meus exames e fez mais alguns, como eletrocardiograma, RX, exame de sangue. Tudo isso era para verificar se eu estava apta naquela pé dia para receber um rim sem correr risco. Tive que fazer mais 2 horas de hemodiálise lá mesmo, porque o meu potássio estava alto. Achei estranho, porque aprendi que na hemodiálise todo excesso de potássio é retirado e eu tinha feito 4 horas de HD na parte da manhã e só tinha comido um sanduíche de queijo e 3 ameixinhas amarelas, que nas minhas contas daria 200 mg e eu poderia comer 1500 mg por dia. Fiz a hemodiálise e terminei às 23 horas. Estava exausta e faminta. A enfermeira me mandou para casa, falou que me ligaria por volta das 2 h da madrugada assim que saísse a lista oficial da Secretaria da Saúde, que eu era a 1ª da filado hrim, mas, se houvesse um ireceptor mais compatível do que eu, o rim seria dele e também que eu deveria começar o jejum a meia-noite para ficar preparada para uma eventual cirurgia, ou melhor, para o meu sonhado transplante. Esperança sempre foi o meu norte! Eu queria ficar lá, no íntimo para assegurar que eu seria a contemplada, mas claro que fui para casa. Cheguei em casa e deitei de imediato. Meu filho cozinhou 2 ovos caipiras e eu os comi às 23h55. Estava tudo dando muito certo e cada vez mais eu acreditava que o rim seria meu. Rezei, rezei e adormeci. Como se eu tivesse colocado um despertador, acordei às 2 horas, conferi se o celular estava ligado e nada. Dormi de novo. Às 5h10, eu levantei e falei para o Laerte que algo deveria ter dado errado. Talvez o rim não fosse bom. De imediato, o celular tocou e a enfermeira Bruna disse que EU TINHA SIDO CONTEMPLADA!!! O RIM ERA MEU!!! Estão entendendo. A minha vida iria mudar e eu iria passar a viver após mais de 7 anos que estava sobrevivendo. Já estávamos os 4 juntos novamente no meu quarto (eu, Laerte marido, Laerte filho e Fernada filha). Uma emoção indescritível!!!

Era 5ª feira, 31 de agosto de 2017. Uma 5ª feira especial. Uma 5ª feira que jamais esquecerei. Uma 5ª feira que mudou a minha vida. Incrível como a vida muda de repente!!! Vale a pena acreditar!!! Eu, Laerte pai e Laerte filho fomos para o 6º andar do hrim. A Fernanda filha é professora do 4º ano e não poderia deixar a sua classe assim de repente. Então ela foi até o colégio, a coordenadora logo a liberou e ela foi me encontrar no hrim. No caminho para o hospital, eu avisei os meus irmãos, a minha cunhada Staël e algumas amigas. Pedi muitas orações e a corrente logo se formou. Ó WhatsApp é maravilhoso para divulgar informações. Eu me sentia em estado de graça. Não tive medo da cirurgia e estava em paz. Eu fui para o Centro Cirúrgico às 10h30. O Laerte marido, o Laerte filho, a Fernanda filha, a Sabrina nora, a Marina irmã e a Regina irmã ficaram juntos até eu ser levada para o POI (Pós Operatório Imediato) às 19h. Muito obrigada pela torcida!!! Amo vocês!!!

Eu entrei no Centro Cirúrgico às 10h30. Fui para sala de recuperação e lá fiquei consciente por 2 horas. O anestesista foi conversar comigo e fez várias perguntas. Logo em seguida, o cirurgião Dr. Wilson Ferreira Aguiar também foi conversar comigo. Às 12h30, eu fui levada para a sala de cirurgia. Ao adentrá-la, me deparei com dois médicos manipulando o rim numa bacia de alumínio. Nada me impressionava, tamanha a segurança que eu sentia. A cirurgia começou as 12h40 e terminou às 15h40. Fui levada para a sala de recuperação, mas não me lembro de quase nada. Às 19h, me levaram para o POI e me emocionei quando encontrei aquelas 6 pessoas tão queridas que ficaram no hospital o dia inteiro. Adorei vê-los naquele momento!!! Passei a noite no POI com mais 5 pacientes, sendo cada um em seu box. 

Na 6ª feira, 1º de setembro, eu pedi para caminhar às 10h e o enfermeiro me ajudou. Eu já estava deitada há 24h. Caminhei no corredor ao lado de um pai que tinha doado o rim para a filha. Conversávamos sem parar. Eu estava muito feliz e excitada. Ouvi então uma enfermeira dizer para outra: É melhor mandá-la para o quarto, porque ela não para de falar e andar. Os outros 5 pacientes estavam desmilinguidos em suas camas. Eu não cabia em mim de tanta felicidade!!! Fui então mandada para o quarto 1808, no 8º andar, e lá fiquei até 8 de setembro. Eu adoro o número 8 é incrível como ele me acompanhou neste dia tão importante da minha vida.

No final da tarde, o meu potássio estava alto e eu precisei fazer uma sessão de hemodiálise. Foi a sessão número 676 é a melhor de todas, porque pude ficar acompanhada da minha filha Fernanda, do meu irmão Hugo e da minha amiga Angélica. Foi muito divertida e nem vi omtempo passar. Tudo estava dando certo. TUDO!

Eu fui para o quarto com um dreno, que tirei no 8º dia, 8/9, e com uma sonda urinária, que tirei no 7º dia, dia 7/9. Tirei logo cedo e às 10 h foi a 1ª vez que urinei depois de 4 anos. Acreditem se puderem, mas fiquei emocionada e chorei. Como a felicidade realmente está nas coisas simples!!! Mas o critério mais importante para saber se o rim está funcionando é a taxa de creatinina. Eu comecei a fazer hemodiálise com 7,0 de creatinina e pré-transplante era em torno de 9. Assim, todos os dias o sangue era coletado para verificar o valor da creatinina. Lembrando que em uma pessoa que o rim funciona normalmente a creatinina é em torno de 1,0. A evolução da minha creatinina foi 5,24; 5,27; 3,9; 3,1; 2,5; 2,0 e 1,9. Sucesso!!!

Tive alta em 8 de setembro de 2017 e voltei para casa extraordinariamente feliz. Eu queria de imediato beber muita água, tomar suco de laranja, fazer muito pipi, comer verduras e frutas variadas sem anotar, Incrível como temos que viver bem cada dia e estarmos sempre preparados para as mudanças que podem ocorrer repentinamente. Viva a vida!!!

Agora o meu querido e companheiro Blog Hemodiário passará a focar em transplante e compartilharei as minhas experiências e aprendizados como transplantada. Claro que para os transplantes ocorrerem é necessário ter os doadores de órgãos. Então, eu incentivarei a doação de órgãos para que a fila de espera termine e os doentes que aguardem algum órgão possam ter uma nova vida assim como eu. 



       


Aproveito para agradecer o meu generoso doador falecido e à sua generosa família. Vocês estarão sempre no meu coração e nas minhas orações. Parabéns pela atitude tão nobre e obrigada por estarem me proporcionando uma nova vida!!!

Se você quer ser um doador de órgãos, não se esqueça de avisar a sua família, pois a retirada dos órgão após a comprovadamente morte encefálica só ocorrerá com a autorização dos seus familiares. 


DOE ÓRGÃOS, DOE VIDA


Com carinho,

Helô


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domingo, 10 de setembro de 2017

Comida caseira

Olá, amigos!

Eu fiz um transplante renal em 31 de agosto de 2017 e estou aprendendo a viver esta nova vida.



      



Hoje, 10 de setembro de 2017, eu vou falar-lhes sobre a alimentação nos 3 primeiros meses pós transplante.

A primeira e mais importante orientação para o sucesso do transplante é tomar os remédios imunossupressores fornecidos pelo Governo sempre no mesmo horário. Por incrível que pareça, muitos transplantados perdem o órgão recebido por deixarem de tomar os remédios. Esses imunossupressores diminuem, e muito, a imunidade do corpo e os 3 primeiros meses pós transplante deverão ser muito cautelosos para assim o corpo começar a se adaptar com o novo órgão. 

Outra orientação fundamental é comer comida caseira nos três primeiros meses, evitando assim a contaminação por manipulação e uma perigosa infecção intestinal para uma pessoa com baixa imunidade. O recém transplantado é comparado ao recém-nascido e os cuidados devem ser parecidos.

Eu cheguei em casa numa sexta-feira, 8 de setembro de 2017. Tinha que comer comida caseira. Não sei cozinhar. Não tinha ninguém para cozinha para mim. Não poderia ir comer no quilo perto da minha casa e nem em qualquer restaurante, não pela qualidade da comida e sim pela manipulação. Fiquei perdida. Lembrei então da minha querida amiga Carminha, que cozinha com sucesso há alguns anos. Entrei em contato com ela e ela de pronto me trouxe um kit de comida caseira congelada. Uma delícia e uma  solução prática!!!



      


                                   


                                   



As porções são individuais e os recipientes poderão ser reaproveitados para congelar comidas frescas para serem consumidas em outro dia. 

Eu ganhei de presente este delicioso kit de comidas caseiras congeladas da Carmen Franco da Spice & Arte (Cel.11-982449682), mas com certeza serei uma cliente assídua. Fica a dica!!!! Muito obrigada, querida Carminha, pelo gentil e útil presente!!!


Foram 7 anos, 7 meses e alguns dias de uma vida difícil e com muitas restrições. Os meus rins começaram a parar em janeiro de 2010, iniciei as sessões de hemodiálise em maio de 2013 e o tão sonhado transplante renal ocorreu em 31 de agosto de 2017. Estou extremamente feliz com o recebimento deste rim e vou fazer de tudo para preservá-lo o máximo que eu puder.

Aproveito para agradecer a todos que torceram, rezaram, mandaram pensamentos positivos, água benta, santinhos, boas energias, vibrações...!!! Com certeza, foi o diferencial para o sucesso do meu transplante. Muito obrigada!!!


Com carinho,

Helô

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Sempre ao meu lado

A minha nova vida começou em 31 de agosto de 2017 após fazer um transplante renal.

Atravessei esses 7 anos, 7 meses e alguns dias de uma gradual falência renal até à falência total dos meus rins com muita fé, coragem e determinação. Mas a esperança de um dia fazer um transplante era o meu norte.

Esse caminho foi árduo, mas suavizado pela presença silenciosa, incansável e resignada do meu grande amor Laerte.

           

Meu amado Laerte, passo a te dizer umas poucas palavras.

Não posso me esquecer do que vivemos desde janeiro de 2010, quando a minha creatinina começou a subir e os meus rins começaram a parar.

Desde então foram vários médicos, exames, dieta conservadora (hipoproteica), naúseas, inchaços, mau estar, desmaios, infecções, privações...E você sempre ao meu lado.

Fiz uma fístula no braço direito para ser o meu acesso à hemodiálise em março de 2013...E você sempre ao meu lado.

Em abril de 2013, fui conhecer a clínica de hemodialise...E você sempre ao meu lado.

Iniciei as sessões de hemodiálise em maio de 2013...E você sempre ao meu lado.

Durante difíceis 4 anos, 3 meses e 23 dias eu fiz 676 sessões de hemodiálise nas 2ª, 4ª e 6ª feiras em sessões de 4 horas de duração...E você sempre ao meu lado.

Fiz o meu tão sonhado transplante em 31/8/2017, foi muito fácil e deu tudo certo. Iniciei uma nova vida e tenho certeza que será ótima e eu só quero você sempre ao meu lado: meu amor, meu companheiro, meu confidente, meu amigo, meu TUDO, Laerte.

Fechamos juntos este ciclo de 7 anos, 7 meses e alguns dias para iniciarmos uma nova vida sempre juntos.

Simplesmente eu quero te agradecer por estar sempre ao meu lado.

Amor e gratidão eterna ao meu guerreiro e protetor silencioso, Laerte.

Que Deus abençoe a nossa nova vida!!!

Com amor, respeito, gratidão, admiração...
Helô

sábado, 19 de agosto de 2017

Informações importantes sobre hemodiálise

Olá, amigos!

Hoje, 19 de agosto de 2017, eu vou postar o folder fornecido pela minha clínica sobre informações importantes sobre hemodiálise.

A recomendação mais importante é a de não faltar ou não atrasar nas sessões de hemodiálise. A orientação padronizada mundialmente é a  necessidade de 12 horas de hemodiálise por semana. As piores consequências de falta ou atraso são:

1) aumento de 19% do risco de morte em pacientes que faltam 1 sessão de hemodiálise no mês;

2) aumento de 51% do risco de morte para 2 faltas no mês.

                                    


  Outras consequências que a falta à sessão de hemodiálise podem causar são:

1) POTÁSSIO ALTO: causa arritmias (batimentos rápidos, lentos e/ou irregulares do coração), parada cardíaca, fraqueza, paralisia muscular e morte;

2) FÓSFORO ALTO: causa coceiras pelo corpo, enfraquecimento dos ossos e fraturas;

3) ACÚMULO DE LÍQUIDOS: causa falta de ar, aumento ou queda de pressão, câimbras, edema de pulmão, inchaço nas pernas e parada respiratória;

4) ACÚMULO DE UREIA E CREATININA: causa irritabilidade, náuseas, vômitos, cansaço, perda de apetite, anemia, impotência sexual e morte.

Os doentes renais crônicos não devem se esquecer que os seus rins não mais funcionam. Que os rins são órgãos vitais, que filtram e eliminam as impurezas que ingerimos. Mas, que felizmente, a hemodiálise é uma terapia substitutiva, que nos mantém vivos com uma boa qualidade de vida se nos adequarmos ao tratamento (ingestão de medicamentos, alimentação controlada, ingestão de líquidos controlada e comparecer SEMPRE nas sessões de hemodiálise). 

Oportunamente, eu adicionei a este post um texto sobre o nosso Papa Francisco, que nos pede para pararmos de nós lamentar e nós fazermos de vítimas. Cada um tem os seus problemas e deve enfrentá-los. Assim é a vida!

Leiam e reflitam:


      


"É PROIBIDO LAMENTAR-SE"

O Papa Francisco passa suas “férias” no Vaticano, sem perder o bom-humor que lhe é peculiar.
Há alguns dias, apareceu fixado na porta de seu quarto, na Casa Santa Marta, um aviso que diz: “Proibido lamentar-se”!
Mais abaixo é explicado que “os transgressores estão sujeitos a uma síndrome de vitimismo com a consequente diminuição de tom do humor e a capacidade para resolver os problemas”.
A sanção será dobrada “se cometida na presença de crianças”.
O texto termina dizendo: "Para se obter o melhor de si mesmo, deve-se concentrar nas próprias potencialidades e não nos próprios limites, portanto: Pare de se queixar e aja para tornar a tua vida melhor”.
As frases são de autoria do psicoterapeuta Salvo Noé - autor de livros e de cursos de motivação - e que recentemente encontrou o Papa Francisco na Praça São Pedro durante uma Audiência Geral, oportunidade em que deu a ele a cartela.
Francisco lhe disse: “Vou colocá-la na porta do meu escritório, onde recebo as pessoas”.
Como o “escritório” onde costuma conceder as audiências é no Palácio Apostólico, cuja austeridade e beleza não se enquadrariam com estilo da cartela, o Papa decidiu então fixá-la na porta de seu quarto.
O aviso, como não poderia deixar de ser, acabou chamando a atenção de algumas pessoas na Santa Marta, entre elas a de um idoso sacerdote italiano, amigo de longa data de Bergoglio, que depois de pedir autorização, tirou algumas fotos da cartela para poder divulgar.
Quer na Exortação “Evangelii gaudium” como nas homilias na Santa Marta, o Papa chama a atenção de que os cristãos devem parar de queixar-se eternamente, parecendo muitas vezes adoradores da “deusa lamentela”.
“Às vezes – disse o Papa alguns meses após ter sido eleito – alguns cristãos melancólicos temais cara de pimenta no vinagre que de pessoas alegres que tem uma vida bela!”.
O sacerdote autor das imagens, disse que encontrou Francisco tranquilo e sereno. Ele está trabalhando, apesar das férias, estudando nomeações para a Cúria, mas também nos discursos de sua próxima viagem à Colômbia.
(Com informações do La Stampa)


Se quisermos viver bem, sejamos proativos, assumamos as nossas responsabilidades e nos adequemos às nossas necessidades. VIva a vida!!!


Com carinho, 

Helô



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terça-feira, 20 de junho de 2017

Diálise peritoneal: guia para treinamento de pacientes e cuidadores

Olá, amigos!

Hoje, 20 de junho de 2017, eu vou explicar-lhes como funciona a diálise peritoneal, conforme a cartilha da minha clínica, CETENE, que pertence ao grupo Fresenius Medical Care/NephroCare, e que gentilmente me autorizou a compartilhar essas úteis e importantes informações.






A diálise peritoneal é um método de diálise que filtra o sangue removendo as toxinas e fluidos excedentes, usando um filtro natural do próprio corpo, a membrana peritoneal (peritôneo). Esta membrana fica  dentro do abdômen e envolve os órgãos: intestinos, estômago, fígado e baço, formando a cavidade peritoneal. 

Para utilizar o peritônio é necessário colocar um tubo flexível (parecido com um canudo), chamado cateter, na cavidade peritoneal. Este cateter é introduzido através de uma pequena cirurgia, sendo que uma parte deste cateter ficará dentro da cavidade abdominal e parte fora do abdômen.

O início do tratamento se dará quando, através deste cateter, for introduzido um líquido dentro do peritônio, chamado solução de diálise.

Como o peritônio é semelhante a um saco plástico, ele se expande e comporta determinada quantidade de líquido necessário para fazer a diálise.

A diálise peritoneal é um tratamento ambulatorial, o que significa que será realizado na casa do paciente.




As toxinas passam do nosso sangue para o soro que é colocado dentro do peritônio através dos pequenos orifícios do peritônio, que é uma membrana.

Já o líquido em excesso é retirado através de uma força exercida pela presença da glicose na solução de diálise. A glicose, assim como o sal, puxa água. Um exemplo fácil de visualizar é o sal colocado na carne, que puxa a água e está começa a escorrer.


  

Há 2 modalidades de diálise peritoneal: CAPD (Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua) e DPA (Diálise Peritoneal Automatizada)

1) A CAPD (Diálise Peritoneal Ambulatorial Continua) consiste na introdução de solução de diálise na cavidade peritoneal 4 a 5 vezes por dia. Essa solução permanece em contato com o peritônio em média 5 horas, proporcionando ao seu corpo uma retirada contínua de toxinas, que passam do sangue intoxicado para a limpa solução de diálise através do peritônio, que é uma membrana que serve como filtro.

Esse tratamento será realizado durante as 24 horas do dia, todos os dias da semana.

A solução de diálise deverá ser trocada por uma limpa a cada 5 horas para continuar limpando o sangue e fazendo o trabalho do rim.





2) A DPA (Diálise Peritoneal Automatizada) também consiste na introdução e na retirada da solução de diálise da cavidade peritoneal, porém com o auxílio de uma máquina chamada cicladora, geralmente utilizada no horário noturno.

A máquina realiza periodicamente a troca da solução de diálise enquanto impaciente dorme. O processo é automático e normalmente a solução de diálise é trocada de 3 a 5 vezes durante o tratamento.

Esse tratamento dura em média de 10 a 12 horas e deverá ser feito todos as noites. Pela amanhã, o paciente é desconectado da cicladora e poderá deixar na cavidade abdominal uma solução nova para continuar a diálise.






A diálise peritoneal tem 3 fases:
1ª) Infusão - é a entrada da solução de diálise na cavidade peritoneal. O tempo gasto é de 8 a 10 minutos.
2ª) Permanência - é o tempo que a solução de diálise fica na cavidade peritoneal. Vai depender da modalidade do tratamento.
3ª) Drenagem - é a saída da solução de diálise da cavidade peritoneal. Pode variar entre 10 a 20 minutos.

A cada troca da bolsa, o paciente deverá:
1) observar o aspecto do líquido drenado;
2) pesar o volume drenado e anotar;
3) desprezar o líquido drenado no vaso sanitário;
4) colocar as bolsas vazias e o equipo em saco plástico resistente e descartar em lixo comum.




A limpeza diária do orifício de saída do cateter deve ser feita com muito cuidado, sempre obedecendo às orientações da enfermagem, uma vez que a maioria das infecções pode começar neste local. A observação do aspecto deste orifício é importantíssima e qualquer alteração deve ser imediatamente relatada à unidade de diálise. Os principais sinais são:
1) Crostas: se existirem, você deve fazer o seguinte:
a) amolecê-la durante o banho com sabão neutro,
b) retirar com a gaze sem forçar, caso estejam muito grudadas,
c) cobrir com uma gaze umedecida com água e sabão neutro por 10 minutos.
2) Sangramento: significa que o cateter provavelmente foi tracionado e feriu o orifício de saída do cateter.
Faça o curativo e entre em contato comia unidade de diálise.
3) Infecção: vermelhidão, calor, dor e presença de secreção são sinais de infecção.




O local onde as trocas serão realizadas deve ser muito limpo e NÃO pode ter:
- mofo,
- ventilador ou ar condicionado ligado,
- portas e janelas abertas, entrada de pessoas no momento da troca,
- presença de animais,
- excesso de objetos.

Para a realização das trocas das bolsas deve haver por perto:
- uma pia onde você fará a lavagem das mãos,
- uma pequena mesa de um material que possa ser limpo com álcool (tipo fórmica, vidro, mármore ou plástico liso),
- um suporte para pendurar a bolsa,
- materiais a serem utilizados no procedimento,
- uma poltrona ou cadeira.
OBS: Lembre-se de manter portas e janelas fechadas.




A solução de diálise deve ser usada na temperatura ambiente ou aquecida.

No inverno, usar a solução de diálise em temperatura ambiente pode ser desagradável, pois, além da sensação de frio, pode ocorrer desconforto ou dor abdominal na infusão do líquido, portanto a solução deve ser aquecida. 

Devemos aquecer a bolsa utilizando apenas calor seco:
- estufa com resistência elétrica,
- placa de aquecimento,
- caixa de madeira com lâmpada elétrica.

Lembre-se de que o tempo de aquecimento varia entre 20 e 40 minutos e que a bolsa muito quente pode causar dor, mal-estar e até mesmo hipotensão.

Se a água utilizada na sua região for de poço, você precisará de cuidados extras para torná-la apropriada para lavar às mãos antes da troca da bolsa ou montagem da cicladora.

Você deverá colocar uma pastilha d cloro (comprada em casas que vendem produtos para piscina) em um galão de 20 litros de água.

Recomenda-se a compra de um galão de 20 litros de água mais o suporte para esse galão.

É simples, basta encher o galão que comporta 20 litros com a água da torneira da sua casa e colocar 1 ou mais pastilhas de cloro. O cloro elimina os germes.





A lavagem das mãos para a realização da diálise peritoneal é muito importante para evitar infecção. Esta lavagem deve durar 5 minutos e seguir todas as orientações da foto abaixo.





Existem 3 tipos de bolsas de diálise diferentes, que são identificado de acordo com a concentração de glicose: 1,5%, 2,3% e 4,25%.

As bolsas com 1,5% de glicose, por serem as mais utilizadas, devem ser guardadas separadas das outras para facilitar a identificação e evitar o uso incorreto.

As bolsas com 2,3% e 4,25% de glicose são identificado com cores distintas e somente devem ser usadas conforme a prescrição médica.

Bolsas amassadas, rasgadas e molhadas não devem ser utilizadas.




Após a troca da bolsa, o liquido drenado deverá ser desprezado no vaso sanitário.

As bolsas vazias devem ser enroladas, colocadas em saco de lixo preto e descartadas em lixo comum.

O material da diálise deve ser guardado em local seco e fresco. Recomenda-se, para evitar furos ou deteriorações das bolsas, que as bolsas permaneçam dentro das caixas e que estas permaneçam fechadas.




A maior complicação da diálise peritoneal é a peritonite, que é a infecção que ocorre na membrana peritoneal (ou seja, no peritônio), acusada pela entrada de germes.

As causas da peritonite são:
- erro da técnica da troca de bolsa ou da técnica de conexão dos equipes da cicladora,
- furo ou corte na extensão ou no cateter,
- lavagem inadequada das mãos,
- infecção no local de saída do cateter.

Os sinais e sintomas de uma peritonite são:
- LIQUIDO TURVO: ao realizar a drenagem, observa-se que o líquido na bolsa de drenagem está turvo ( ou seja, o líquido deixa de ser transparente). Se você colocar um papel escrito embaixo da bolsa, você não conseguirá ler as letras.
- DOR ABDOMINAL: é comum ser mais forte durante a drenagem e no início da infusão.
- FEBRE/NÁUSEA/VÔMITO/FALTA DE APETITE podem estar presentes ou não 

Quando há peritonite, a drenagem fica mais demorada e pode surgir inchaço nos pés, pernas e rosto por causa da redução do volume drenado.

O tratamento da peritonite inclui a administração de antibióticos. Que tanto podem ser colocados na bolsa com o líquido a ser infundido como administrados por via endovenosa. 

ATENÇÃO: A bolsa em que você identificou a peritonite deve ser levada para o hospital ou laboratório para a realização de exames. Se já for noite, guarde-a em geladeira. NUNCA ponha no congelador.




Quando os rins não funcionam de forma eficiente, a produção de urina fica reduzida, o que provoca o acúmulo de líquidos no organismo.

O principal fator que estimula a ingestão de água é o SAL. Portanto, a melhor maneira de controlar a quantidade de água que bebemos é a redução do consumo de sal. É o sal que provoca a sede. Podemos dizer que o sal é uma esponja que puxa água.

O sal é um grande "veneno" que provoca sede, retém líquidos e eleva a pressão arterial.

Uma pessoa em diálise pode ingerir até 2  gramas de sal por dia, o que equivale à quantidade medida por uma colher de chá.

Mas não pense apenas na colherzinha de chá! Pense que 80% do sal que consumimos já está nos alimentos.

A quantidade de líquido que uma pessoa em diálise pode tomar é o volume da urina registrado somado ao total de líquido que perdemos se perceber (suor, fezes etc), que é calculado multiplicando o peso corporal por 10. Assim, se uma pessoa pesa 60 kg e urina 300 ml por dia, ela poderá tomar 900 ml por dia.

60 (peso)x10 = 600 + 300 (volume de urina por dia) = 900




As consequências ao longo do tempo em função da retenção de líquidos são:

1) Edema Periférico
É o inchaço que aparece nas pálpebras ao acordar, podendo estar também nas pernas e tornozelos,
Se há afundamento da pele quando apertamos com o dedo o tornozelo, isso significa que a pessoa tem de 3 a 4 kg acumulados. O líquido acumulado não é muito bem percebido, porque está distribuído em todos os órgãos do corpo.

2) Edema no pulmão
Às vezes o coração não dá conta e esse líquido se acumula nos pulmões, ocasionando falta de ar. Esse excesso de líquidos pode levar ao famoso edema agudo de pulmão, que pode colocar a vida da pessoa em risco.

3) Complicações Cardiovasculares 
O coração precisará trabalhar muito para bombear o líquido em excesso. Vamos entender o que a água faz no coração.
Quando um jovem vai para a academia levantar peso, ele quer aumentar o tamanho dos músculos, ficar "saradão", como dizem. Bombear água em excesso causa no coração o mesmo efeito de levantar peso, aumentando o tamanho do músculo cardíaco. O problema é que o coração não fica saradão, fica acabadão.
O músculo do coração fica aumentado de tamanho, mas com o tempo perde a força para bombear o sangue. É a partir daí que surgem as complicações: infarto, coração grande e por aí vai...




4) Hipertensão Arterial
A pressão arterial nada mais é que a medida da resistência maxima é mínima dos vasos sanguíneos à passagem do sangue impulsionada pelo coração. Sendo assim, o controle da pressão está diretamente relacionado à ingestão de sal é ao acúmulo de água, pois, se existe um aumento do volume de líquidos circulando nos vasos sanguíneos e estes permanecem na mesma quantidade e tamanho? Então haverá uma maior resistência à passagem do sangue. Com isso, a pressão arterial se elevará. 


Quando a pessoa faz algum tipo de diálise, a equipe de nefrologia determina qual é o peso seco para o paciente. Peso seco é o peso normal, sem retenção de líquidos, com o qual a pessoa não apresenta sinais de edema (inchaço), a pressão arterial está normal e o pulmão livre de água.

ATENÇÃO: Muitas pessoas em diálise não precisariam tomar remédios para controlar a pressão arterial se comessem menos sal e ingerissem menos líquidos.




Como já dissemos, as soluções de diálise peritoneal tem concentrações de glicose de 1,5%, 2,3% e 4,25%. 

Quanto maior a concentração de glicose, maior será a quantidade de água retirada, mas não se pode abusar das bolsas hipertônicas, porque glicose é açúcar.

O açúcar em excesso aumenta a glicose do sangue e faz engordar. Quem determina a quantidade diária destas bolsas é o médico.



Felizmente, o serviço de diálise peritoneal funciona muito bem no Brasil. O paciente é direcionado a uma clínica de diálise, lá recebe todas as orientações, conta com uma equipe multiprofissional, passa a comparecer na clínica mensalmente para coleta exames laboratoriais e avaliação,  conta com atendimento emergencial 24 horas e tudo mais. O material necessário é entregue na residência dos pacientes. A diálise peritoneal é um tratamento muito seguro e eficaz, desde que o paciente faça a sua parte!


"O destino lhe atira uma faca. Cabe a você decidir se a pegará pelo cabo e a usará a seu favor, ou se a pegará pela lâmina e se cortará." (Provérbio Chinês)


Com carinho,

Helô



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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Hematoma na hemodiálise

Olá, amigos!

Hoje, 30 de maio de 2017, vou falar-lhes sobre o tempo que o meu corpo demorou para reabsorver um hematoma.


                                


Em 12 de maio de 2017, a minha querida técnica de enfermagem Léo puncionou a minha veia numa região nova e mais próxima da dobra do cotovelo. A punção foi bem sucedida, o fluxo ficou em 450 ml/l e a sessão da hemodiálise transcorreu normalmente. Porém, no final da sessão, eu fui puxar a alavanca da minha cadeira para levantar o encosto, dobrei um pouco o braço e a agulha saiu da veia. A dor foi forte e eu chamei rapidamente a Léo. Ela prontamente interrompeu o fluxo e pediu uma bolsa de gelo para colocar no local. A dor fez a minha pressão "despencar" e ela abriu o soro até a minha cor voltar e eu me sentir melhor. Foi tudo muito rápido. Mas eu contei com a calma e a eficiência da minha querida técnica de enfermagem Léo, que evitou o meu desmaio e o risco de eu perder a fístula!




Eu postei no Instragan e Facebook do blog Hemodiário a foto do meu braço e alertei os pacientes que fazem hemodiálise para não mexerem, ou mexerem o mínimo possível, o braço puncionado. Eu recebi várias mensagens me perguntando sobre o tempo de duração deste hematoma e o que fazer. Sobre os cuidados com o braço e o local hematomado, eu coloquei gelo durante 20 minutos por algumas vezes no dia do hematoma, passei Hirudoid umas 3 vezes por dia até o hematoma desaparecer e fiz exercício com o braço. Em relação ao tempo de duração do hematoma, eu nada sabia. Então, eu resolvi observar e postar o meu braço quando estivesse recuperado. Isto ocorreu em 18 dias. 


                
      1ª foto tirada em 12/5/2017 e 2ª foto tirada em 30/5/2017
                
A imagem é feia, mas a dor foi pouca ou quase nada graças a rapidez da ação da minha querida técnica de enfermagem Léo, que só tenho a agradecer. 


Fiquem sempre atentos para não mexerem, ou mexerem o mínimo possível, o braço puncionado durante a sessão de hemodiálise!!!


Com carinho,

Helô



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terça-feira, 9 de maio de 2017

A vital importância da Enfermagem na hemodiálise

Olá, amigos!

Eu faço hemodiálise há 4 anos e, na 6ª feira, 5/5/2017, foi a primeira vez que uma agulha saiu da veia durante a hemodiálise quando que eu mexi o braço puncionado.

Eu iniciei as sessões de hemodiálise em 8/5/2013. A técnica sugerida pela competente e experiente enfermeira Rosanna foi a Buttonhole (casinha de botão), que é uma técnica que se escolhe dois acessos (arterial e venoso) que serão sempre utilizados, sendo que nas 15 primeiras punções a mesma profissional punciona o paciente, utilizando agulhas com corte e, depois dessas repetidas punções nos mesmos locais, dois  "túneis" se formarão e eles então serão utilizados para puncionar o paciente com agulhas rombas (sem corte). Eu utilizei esta técnica até setembro de 2016, quando tive a 2ª infecção em menos de 1 ano, a médica decidiu então mudar de técnica. De modo que em setembro de 2016, eu passei a utilizar a técnica Rope Ladder (escada de corda), na qual os locais das punções serão modificados regularmente e serão utilizadas as agulhas de corte. Esta segunda técnica (Rope Ladder) é mais dolorida, mas o risco de infecção é bem menor. Eu já me acostumei e nem sinto muita dor.



         

Eu comecei a usar a técnica de rotação da punção (Rope Ladder) há 8 meses e já me acostumei. A minha querida técnica Léo é muito experiente e ótima em punção. Ela apalpa sempre com muita calma a minha veia e dificilmente não punciona na 1ª tentativa. Mas, quando ela não consegue, ela chama a excelente, e também muito querida e calma, enfermeira Andréia e dá tudo certo. Elas são ótimas!!! Adoro esta equipe de enfermagem e, consequentemente, está clínica!!!

A querida Léo procura sempre puncionar em local diferente para evitar a formação de "calombos" (aneurismas) e eu a estímulo a tentar lugares novos. Assim ela faz. Em 5 de maio de 2017, 6ª feira, ela "sentiu" que poderia puncionar num local novo e mais perto do cotovelo. Eu concordei de pronto! Ela puncionou e o fluxo ficou ótimo. Sucesso!!!  Porém,  no final da sessão, eu, sempre muito independente, usei a mão da punção para puxar a alavanca da cadeira para levantar o encosto e, devido à posição da agulha, eu senti uma forte dor.  O braço começou a inchar rapidamente e claro que a agulha tinha saído da veia. Eu chamei rapidamente a minha querida técnica Léo, que de pronto e com muita calma fechou o acesso, pediu para trazerem gelo e me transmitiu paz e segurança.  Tudo isso foi em questão de segundos. A dor foi forte, a local logo inchou (fluxo que a máquina filtra o sangue era 400 ml/min) e a minha pressão caiu para 63x48 (talvez pela dor). Ela deitou a minha cadeira, levantou bem os meus pés e me passou soro. Vejam bem a competência e a rapidez de raciocínio da minha querida Léo: a agulha saiu do acesso venoso que seria por onde eu receberia o soro, mas como estava fora da veia, ela fechou a linha do acesso venoso, ligou a linha do acesso venoso no arterial e me deu o soro através daí. Repito, tudo isso foi em menos de 1 minuto!!! Ela é realmente demais!!! Muito calma, atenta e eficiente!!! Eu só não desmaiei pela prontidão de atitude da Léo. A pior consequência do desmaio é a perda da fístula pela falta do fluxo sanguíneo. Fístula preservada!!! Como não adorar a Léo e não se sentir muito segura ao lado dela? Impossível!!! Em pouco tempo a minha pressão normalizou e eu fui embora tranquila, mas com o braço roxo devido a infiltração do meu próprio sangue. Culpa exclusiva minha! 

Aprendi que não vou mais mexer o braço puncionado durante a sessão de hemodiálise para evitar maiores problemas. Muito obrigada, Léo querida!!!



                               




"A Enfermagem é uma arte e, para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva e um preparo tão rigoroso quanto a obra de qualquer pintor ou escultor, pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes, poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!" (Florença Nightigale)



                                         
    

Na semana da Enfermagem, eu quero dedicar este post às excelentes profissionais e pessoas da área da enfermagem da minha clínica de hemodiálise: Léo, Andréia e Rosanna. Muito obrigada!!! Gratidão eterna!!!! 


Com carinho,

Helô



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