quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Vitamina D

Olá, amigos!

Hoje, 31 de agosto de 2016, vou falar-lhes sobre a Vitamina D e os perigos da sua deficiência. Apesar de morarmos num país tropical, as pessoas não estão mais se expondo ao sol com frequência e a dosagem de Vitamina D tem ficado abaixo do mínimo aceitável. A maneira mais eficaz e natural de mantermos a dosagem ideal de Vitamina D é tomar sol durante 15 minutos todos os dias. Há quem diga que o melhor sol é antes das 10 horas ou depois das 16 horas sem protetor solar, já outros dizem que o melhor é das 11 às 14 horas. Apesar da divergência, o importante é tomarmos um pouco de sol todos os dias.  Recomendo que vocês façam anualmente um exame laboratorial para verificarem a dosagem da tua Vitamina D e assim evitar várias doenças!!!

Desde que eu comecei a perder os rins, em 2010, eu comecei a controlar a dosagem da Vitamina D e tomava o suplemento, mas não me recordo da dose que eu tomava. Eu não me atinha em qual era o valor normal e deixava tudo para os médicos resolverem. Várias taxas estavam descontroladas e eu não fui orientada sobre a necessidade de tomar sol e ingerir mais peixe, leite ou ovo para melholhar a Vitamina D. Incrível como pude deixar para lá o controle da Vitamina D! Na primeira clinica que eu fiz hemodiálise, a dosagem da Vitamina D não era colhida na rotina e semestralmente eu colhia fora da clínica. Porém, desde março de 2015, quando mudei de clínica, a dosagem é colhida semestralmente na rotina. Só agora, no exame de agosto de 2016, a médica me falou que a dosagem da minha Vitamina D estava muito baixa. Daí, eu procurei todos os meus exames anteriores e observei que desde março de 2015, ela sempre ficou menor de 20 ng/ml. Agora, eu vou passar a controlá-la também, assim como faço com o potássio e o fósforo. 

Eu sei que várias pessoas tomam o suplemento de Vitamina D, principalmente após a menopausa e a velhice.

As minhas amigas da minha idade (55 anos), na menopausa e com o funcionamento dos rins normal, tomam 7.000 UI de suplemento de Vitamina D por semana. Eu tomava 50.000 UI mensal, que é a dosagem mais comum para os que fazem hemodiálise.

Neste mês de agosto de 2016, eu, 55 anos, e meu filho, 30 anos, coincidentemente fizemos um exame para detectar a dosagem da Vitamina D e nós dois estamos com 16 ng/ml, sendo que a dosagem normal varia entre 30-60 ng/ml, de modo que estamos com deficiência de Vitamina D. A minha médica nefrologista me advertiu que a deficiência de Vitamina D diminui a imunidade, além de outros inúmeros problemas, e me prescreveu Addera D3 50.000, sendo que terei que tomar 1 comprimido por semana durante 1 mês (200.000 UI) e depois 1 comprimido por mês durante os 5 meses subsequentes. A médica reumatologista do meu filho aguardará os resultados dos demais exames para iniciar o tratamento e depois eu conto quanto foi a dosagem do suplemento. Como eu sou renal crônica, vulnerável e procuro fazer tudo certo para sofrer o mínimo possível, eu resolvi, então, estudar a importância da Vitamina D e fazer este post para compartilhar com vocês o meu aprendizado. Vamos lá!

Vitamina D, calciferol, é uma vitamina solúvel em gordura. É conhecida como a vitamina dos raios de sol, porque é formada no corpo pela ação dos raios ultravioletas do sol na pele. A vitamina D é convertida nos rins no hormônio calcitrol, que é realmente a forma mais ativa de vitamina D. Os efeitos deste hormônio são direcionados nos intestinos e ossos.


Os requisitos de vitamina D aumentam com a idade, enquanto a capacidade da pele de converter a luz do sol em vitamina D reduz. Além da capacidade dos rins de converter o calcidiol à sua forma ativa também reduzir com a idade, estimulando a necessidade de um maior suplemento de vitamina D em pessoas mais velhas.


    


A principal função biológica da vitamina D é manter os níveis sanguíneos normais de cálcio e fósforo. A vitamina D ajuda na absorção de cálcio, ajudando a formar e manter ossos fortes. Promove a mineralização óssea em conjunto com diversas outras vitaminas, minerais e hormônios. Sem a vitamina D, os ossos podem ficar mais finos, frágeis, moles ou desformados. A vitamina D previne raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos, que são doenças do esqueleto que resultam em defeitos que enfraquecem os ossos.

Quando consumida dentro das quantidades recomendadas a vitamina D não tem efeitos colaterais. Porém, quando ingerida em excesso pode prejudicar os rins por causar o aumento da absorção de cálcio. Por isso, é importante que o consumo além do recomendado desta vitamina seja feito com acompanhamento médico.

A deficiência de vitamina D pode causar uma série de problemas de saúde. A falta dela aumenta o risco de problemas cardíacos, osteoporose, câncer, gripe e resfriado, e doenças autoimunes como esclerose múltipla e diabetes tipo 1. Em mulheres grávidas deficiência de vitamina D aumenta o risco de aborto, favorece a pré-eclâmpsia e eleva as chances da criança ser autista.

Os níveis normais de 25 OH Vitamina D na dosagem sanguínea é:
  • Suficiência: > 30 ng/mL
  • Insuficiência: 30-20 ng/mL
  • Deficiência: < 20 ng/mL
  • Deficiência grave: < 5 ng/mL

Apesar de estar presente em alimentos de origem animal, estas comidas não possuem a quantidade de vitamina D que o organismo necessita. Por isso, para evitar a carência da substância é importante tomar de 15 a 20 minutos de sol ao dia. Braços e pernas devem estar expostos, pois a quantidade de vitamina D que será absorvida é proporcional a quantidade de pele que está exposta.

Ao se expor ao sol para obter a vitamina é importante não passar o filtro solar. Para se ter uma ideia, o protetor fator 8 inibe a retenção de vitamina D em 95% e um fator maior do que isso praticamente zera a produção da substância. Para evitar o câncer de pele, após os 15 a 20 minutos recomendados para obter a vitamina, passe o protetor solar.

As janelas também atrapalham a absorção da vitamina D. Isto porque os raios ultravioletas do tipo B (UVB), capazes de ativar a síntese da vitamina D, não conseguem atravessar os vidros.
A exposição ao sol da maneira recomendada irá proporcionar as 10 mil unidades de vitamina D. Como a exposição solar já irá proporcionar boas quantidades da substância, é importante que a necessidade do indivíduo seja analisada por um profissional da saúde a fim de saber se apenas o sol é o suficiente ou se é preciso uma alimentação rica na substância ou suplementação.

Todos os alimentos fontes de vitamina D são de origem animal porque as fontes vegetais não conseguem sintetizar a vitamina da maneira como os alimentos provenientes de animais. Até mesmo o alimento com as maiores quantidades da substância, o salmão, conta com somente 6,85% das necessidades diária de vitamina D em uma porção de 100 gramas. Por isso, tomar sol é fundamental para evitar a carência do nutriente.

Os suplementos de vitamina D podem ser utilizados em casos de constatação de carência da substância ou no tratamento de algumas doenças. A falta do nutriente é constatada após exame de sangue.

É importante ressaltar que os suplementos só podem ser tomados após a orientação médica para o consumo dessas doses extras. Em alguns tratamentos são orientadas superdoses de vitamina D, ou seja, uma quantidade além do que é normalmente orientado. Nesses casos o consumo sempre é feito com orientação médica e é preciso observar o quanto de cálcio e líquidos a pessoa irá ingerir, sendo que o consumo do mineral pode precisar ser reduzido e o de líquidos aumentado. Porém, o excesso por meio dos suplementos sem a orientação médica pode ser muito perigoso. Há o risco de ocorrer a elevação da concentração de cálcio no sangue e isso pode provocar a calcificação de vários tecidos, sendo que os mais afetados são os rins, que podem chegar a perder sua função.


     
  
10 sintomas de deficiência de vitamina D que você precisa reconhecer:

1.) Gripe – em um estudo publicado no Jornal de Cambridge, descobriu-se que a deficiência de vitamina D predispõe as crianças a doenças respiratórias. Um estudo de intervenção realizado mostrou que vitamina D reduz a incidência de infecções respiratórias em crianças.
 
2.) Fraqueza muscular – de acordo com Michael F. Holick, um especialista em vitamina D, a fraqueza muscular geralmente é causada por deficiência de vitamina D porque para os músculos esqueléticos funcionarem adequadamente, seus receptores de vitamina D devem ser suportados  pela vitamina D.

3.) Psoríase - em um estudo publicado pelo UK PubMed central, descubriu-se que os análogos sintéticos de vitamina D são úteis no tratamento da psoríase.

4.) Doença renal crônica – de acordo com Holick, pacientes com doenças renais crônica avançadas (especialmente aqueles que requerem diálise) são incapazes de produzir a forma ativa da vitamina D. Esses indivíduos precisam tomar 1,25-dihidroxivitamina D3 ou um dos seus análogos para apoiar o metabolismo do cálcio, diminuir os riscos de doenças ósseas ou renais e regular os níveis de paratormônio.

5.) Diabetes -  um estudo realizado na Finlândia foi destaque no Lancet.com em que 10.366 crianças receberam 2.000 unidades internacionais (UI)/dia de vitamina D3 por dia durante o primeiro ano de vida. As crianças foram monitoradas por 31 anos e em todos eles, o risco de diabetes do tipo 1 foi reduzido em 80%.
 
6.) Asma – vitamina D pode reduzir a gravidade dos ataques de asma. Pesquisas realizadas no Japão revelaram que os ataques de asma em crianças em idade escolar foram significativamente reduzidos naqueles indivíduos que tomaram suplemento diário de vitamina D de 1.200 UI por dia.
 
7.) Doença periodontal – aqueles que sofrem desta doença crônica da gengiva que provoca inchaço e sangramento devem considerar aumentar seus níveis de vitamina D para a produção de defensinas e catelicidinas, compostos que contêm propriedades antimicrobiais e diminuem o número de bactérias na boca.
 
8.) Doenças cardiovasculares – insuficiência cardíaca congestiva está associada com deficiência de vitamina D. Pesquisa realizada na Universidade de Harvard entre enfermeiros encontrou que mulheres com níveis baixos de vitamina D (17 ng/m [42 nmol/L]) tiveram um aumento de 67% no risco de desenvolverem hipertensão.

9.) Esquisofrenia e depressão - estas doenças têm sido associadas a deficiência de vitamina D. Em um estudo, descobriu-se que manter suficiente vitamina D entre mulheres grávidas e durante a infância era necessária para satisfazer o receptor de vitamina D em todo o cérebro para o  seu desenvolvimento e manutenção da função mental na vida adulta.
 
10.) Câncer – pesquisadores da Georgetown University Medical Center , em Washington DC descobriram uma ligação entre a ingestão elevada de vitamina D e risco reduzido de câncer de mama. Esses resultados, apresentados na Associação americana para pesquisa do câncer, revelaram que o aumento de doses de vitamina do sol estava associado a uma redução de 75 por cento do surgimento geral de câncer e 50 por cento de total de câncer em casos de tumores entre aqueles que já possuíram a doença. Interessante foi a capacidade da suplementação de vitamina a ajudar a controlar o desenvolvimento e crescimento do câncer de mama, especialmente o câncer estrogênio-sensível.



        
    
Um adulto saudável precisa consumir, em média, 5 microgramas por dia de Vitamina D e garantir uma exposição à luz solar de 20 minutos por dia, sem o uso de protetor solar.

       


A dose diária recomendada de vitamina D de acordo com a idade em UI (Unidades Internacionais) é:
CRIANÇAS Até 6 meses                                    300 UI
CRIANÇAS Mais de 6 meses                              400 UI
ADULTOS com mais de 24 anos                        200 UI
Gestantes e lactantantes                                 400 UI
Na ausência de exposição ao sol                      800 UI
IDOSOS                                                           1000 UI 
   

Resumindo, a vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. Afinal, ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância. Alguns alimentos, especialmente peixes gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Ela também pode ser produzida em laboratório e ser administrada na forma de suplemento, quando há a deficiência e para a prevenção e tratamento de uma série de doenças.

De acordo com Holick, pacientes com doenças renais crônica avançadas (especialmente aqueles que requerem diálise) são incapazes de produzir a forma ativa da vitamina D. Esses indivíduos precisam tomar 1,25-dihidroxivitamina D3 ou um dos seus análogos para apoiar o metabolismo do cálcio, diminuir os riscos de doenças ósseas ou renais e regular os níveis de paratormônio.

As minhas condutas a partir de agora serão: 1ª) tomar sol sem protetor solar durante 15 minutos diários, mesmo havendo divergências sobre o tempo adequado que nós devemos nos expor ao sol; 2ª) Consumir leite integral, peixes (sardinha, atum, salmão) e ovos, 3º) tomar corretamente o suplemento, conforme orientação médica, 4º) fazer o exame de dosagem de Vitamina D com maior frequência (3 em 3 meses). Tudo isso com o objetivo de eu obter uma dosagem de Vitamina D acima de 30 ng/ml.

É fundamental que estejamos sempre atentos à nossa saúde, sempre "ouvindo" o nosso corpo!!!

"A alegria não está nas coisas, está em nós." (Johann Goethe)


Com carinho,

Helô

Fontes de pesquisa:
2) http://www.tuasaude.com/alimentos-ricos-em-vitamina-d/
3) https://vitaminadbrasil.org/2013/02/23/10-sintomas-de-deficiencia-de-vitamina-d-que-voce-precisa-reconhecer/
4) http://www.amato.com.br/content/falta-de-vitamina-d-problema-da-atualidade


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