quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Diabetes e hipoglicemia

Olá, amigos!

Hoje, 25 de fevereiro de 2016, eu vou falar sobre diabetes e hipoglicemia. A diabetes é a 2ª maior causa no Brasil de falência renal e a 1ª no mundo. Com a falência renal, o tratamento desse doentes é a diálise ou o transplante renal. As informações abaixo foram coletadas do site www.diabetes.org.br



O QUE É DIABETES?

Hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população. E esse número está crescendo. Em alguns casos, o diagnóstico demora, favorecendo o aparecimento de complicações. Pode ser que você ou alguém próximo tenha diabetes. Saiba mais e aprenda a conviver bem com a doença, transformando-a em mais um motivo para cuidar da saúde.


MECANISMO

Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.

Mas o que é insulina? É um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto -  a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.


HIPOGLICEMIA 

Você já ouviu falar de pessoas com diabetes que desmaiaram na rua ou tiveram que ser levadas para o hospital? Este é um fantasma que assombra muitas pessoas quando elas recebem a notícia de que têm diabetes, mas não precisa ser – basta ter as atitudes certas, na hora certa. Como você chega até esse cenário? Com as informações corretas!

Para evitar a hipoglicemia e a hiperglicemia, além das complicações do diabetes, o segredo – que não é segredo, na verdade - é manter os níveis de glicose dentro da meta estabelecida para você.
Em tratamento e controle, vimos que manter hábitos saudáveis e um estilo de vida ativo, além de seguir as orientações sobre a medicação são medidas que podem garantir o alcance das taxas de glicose almejadas. Essa meta varia de acordo com a idade, condições gerais de saúde e outros fatores de risco, além de situações como a gravidez, por exemplo. 


HIPOGLICEMIA (NÍVEL MUITO BAIXO DE GLICOSE NO SANGUE)

A hipoglicemia é caracterizada por um nível anormalmente baixo de glicose no sangue, geralmente abaixo de 70 mg/dl. É importante não considerar apenas este número – o médico deverá dizer quais níveis são muito baixos para você.

Aumentar a quantidade de exercícios sem orientação correta, ou sem ajuste correspondente na alimentação ou na medicação; pular refeições; comer menos do que o necessário; exagerar na medicação, acreditando que ela vai trazer um controle melhor; e ingestão de álcool são causas comuns de hipoglicemia.

A hipoglicemia em situações extremas pode levar à perda de consciência, ou a crises convulsivas, sendo muito graves, e m medidas imediatas.

Os sinais da hipoglicemia são dicas importantes para uma ação preventiva e eles podem variar de pessoas para pessoa. Com o tempo, você vai aprender a identificar como seu corpo indica que o nível de glicose no sangue está caindo muito rápido, de qualquer maneira, pelo menos entre aqueles que fazem uso de insulina ou que estão em maior risco de episódios de hipoglicemia, o mais importante é monitorar as glicemias, de modo a conseguir manter a glicose bem controlada, de maneira segura em relação a hipoglicemias.

A única maneira de ter certeza se suas taxas de glicose estão muito baixas é checá-las com o aparelho próprio, se possível. Entretanto, se você está com sintomas de hipoglicemia e não tem condições de fazer a medição naquele momento, faça o tratamento – garantir a segurança é a prioridade neste momento. A hipoglicemia severa pode causar acidentes, lesões, levar ao estado de coma e até à morte.

Fique atento aos sinais da hipoglicemia, que geralmente acontecem rapidamente:

* Tremedeira
* Nervosismo e ansiedade
* Suores e calafrios
* Irritabilidade e impaciência
* Confusão mental e até delírio
* Taquicardia, coração batendo mais rápido que o normal
* Tontura ou vertigem
* Fome e náusea
* Sonolência
* Visão embaçada
* Sensação de formigamento ou dormência nos lábios e na língua
* Dor de cabeça
* Fraqueza e fadiga
* Raiva ou tristeza
* Falta de coordenação motora
* Pesadelos, choro durante o sono
* Convulsões
* Inconsciência



O TRATAMENTO IMEDIATO É FEITO COM OS SEGUINTES PASSOS:
* Consuma de 15 a 20 gramas de carboidratos, preferencialmente carboidratos simples, como açúcar (uma colher de sopa, dissolvida em água), uma colher de sopa de mel ( mas lembre-se de que mel não é permitido para crianças menores de um ano), refrigerante comum, não diet (um copo de 200 mL), 1 copo de suco de laranja integral, entre outros.
* Verifique a sua glicose depois de 15 minutos;
* Se continuar baixa, repita;
* Assim que a taxa voltar ao normal, faça um pequeno lanche, caso sua próxima refeição estiver planejada para dali a uma ou duas horas.

Espere de 45 a 60 minutos para dirigir após um episódio de hipoglicemia.
 Em casos de inconsciência (desmaio) ou convulsão, outra pessoa terá que tomar providências. Uma dessas medidas poderá ser aplicar glucagon, que é um hormônio que estimula o fígado a liberar glicose armazenada na corrente sanguínea. Kits de glucagon injetáveis podem ser adquiridos com prescrição médica. Seu médico saberá dizer se você precisa ter um desses e como usá-lo.

É importante orientar também sua família sobre essa possibilidade. Caso a pessoa que esteja com você não saiba como aplicar ou não saiba o que fazer, a melhor medida é chamar uma ambulância.

Um episódio como esse deve ser informado à sua equipe multidisciplinar.

Em uma crise hipoglicêmica acompanhada de convulsões ou desmaios, não injete insulina (vai reduzir ainda mais o nível de glicose no sangue); não dê comida ou bebida pela boca, no máximo, com cuidado para não obstruir as vias aéreas, pode-se passar um pouco de açúcar nas gengivas da pessoa. Vire a cabeça da pessoa de lado e proteja com cuidado, enquanto injeta glucagon ou chama a ambulância.


NÃO PERCEPÇÃO DE HIPOGLICEMIA:

Em algumas pessoas, o nível de glicose no sangue pode cair bem abaixo de 70 mg/dl e mesmo assim não haver sintomas perceptíveis. Esta é a chamada “não percepção de hipoglicemia”. Pessoas com essa condição podem não acordar do sono quando a hipoglicemia acontece durante a noite.

Ela é mais comum em pessoas que enfrentam regularmente episódios de baixa glicose no sangue, diminuindo sua sensibilidade aos sintomas; em pessoas que têm diabetes há muito tempo e em pessoas que controlam de forma rígida a doença, o que pode aumentar as chances de ter uma reação (veja mais sobre esse tipo de controle abaixo). Neste caso, pode ser necessário reajustar as metas de glicose.
 

DICA: IDENTIFICAÇÃO

Ter uma identificação médica sempre com você pode ser muito útil no caso de um episódio grave de hipoglicemia, de um acidente ou outra emergência. O acessório informa que você tem diabetes, se usa insulina ou não, se é alérgico a algum medicamento.

Pesquisas internacionais já mostraram que equipes de saúde checam o pulso e o pescoço de pacientes que chegam ao hospital em busca de colares ou pulseiras de identificação, mas esse hábito ainda é pouco comum no Brasil entre as pessoas com diabetes.


OUTRAS SITUAÇÕES:

O quadro de hipoglicemia pode se desenvolver também em níveis superiores a 70 mg/dL. Isso pode acontecer quando a quantidade de glicose no sangue está muito alta e cai rapidamente. Se isso estiver acontecendo, converse com seu médico, para que ele avalie seu plano de tratamento. A melhora gradual do controle regula esta sensibilidade à hipoglicemia, restaurando a sensibilidade ou com o paciente se acostumando aos níveis normais de glicose.

Outros fatores que podem causar variações mais drásticas e imprevisíveis nos níveis de glicose são as doenças comuns, como a gripe. É importante fazer a medição dos níveis com mais frequência nesses períodos e continuar a tomar a medicação para diabetes. Uma outra dica é que xaropes para tosse, por exemplo, podem conter açúcar, por isso é importante receber a orientação correta antes de tomar outros remédios.


COMO PREVINIR A HIPOGLICEMIA?

A melhor solução é fazer um bom gerenciamento do diabetes e aprender a identificar os sinais da hipoglicemia assim que eles aparecem. Monitorar sempre a glicemia e acostumar-se a conviver com um bom controle glicêmico.


VOCÊ NO CONTROLE:

Uma das principais ações para alcançar bons resultados e evitar o agravamento da hipoglicemia e da hiperglicemia é fazer o automonitoramento das taxas de glicose no sangue.

Medir regularmente a glicose no sangue permite que:

* Você saiba se sua glicose está alta ou baixa em determinado momento;
* Você avalie como seu estilo de vida e a medicação prescrita estão agindo sobre a glicemia;
* A equipe multidisciplinar e seu médico podem decidir, junto com você, as mudanças ne-cessárias para que o nível de glicose no sangue fique sob controle.
* Para aqueles que usam insulinas de ação rápida ou ultrarrápida, permite calcular a dose de insulina de acordo com a quantidade de carboidratos que será ingerida (contagem de carboidratos) e com o valor da glicose na glicemia capilar (na ponta do dedo).

Com qual frequência e como devo medir?

A frequência em que você vai medir sua glicose deverá ser decidida de acordo com o seu plano de tratamento. O médico e a equipe multidisciplinar vão estabelecer, junto com você, os momentos em que você deverá realizar seu automonitoramento.

Há várias maneiras de medir os níveis de glicose no sangue, de testes em laboratório até pequenos dispositivos portáteis (glicosímetros) que você leva para onde estiver. Há vários modelos de glicosímetros disponíveis em quase todas as grandes redes de farmácias. É importante que o médico ou o seu educador em diabetes oriente você sobre qual é o melhor modelo e faça um treinamento para que você não tenha dúvidas na hora de usar.

Algumas perguntas que você deve fazer, caso não receba essa orientação:

* Como usar o aparelho;
* Como usar e descartar as lancetas, pequenas pontinhas que perfuram sua pele;
* O tamanho correto da gota de sangue necessária para a medicação;
* O tipo de tira que deve ser usada no aparelho;
* Como limpar o aparelho;
* Como checar se o aparelho está calibrado.

Manter os níveis de glicose dentro da meta pode ser desafiador e um pouco frustrante quando os resultados não são alcançados. O automonitoramento pode ajudar a fazer pequenos ajustes que vão tornar esse processo, aos poucos, mais fácil.



UMA DAS COMPLICAÇÕES DA DIABETES NÃO CONTROLADA É A DOENÇA RENAL

Os rins são uma espécie de filtro, compostos por milhões de vasinhos sanguíneos (capilares), que removem os resíduos do sangue. O diabetes pode trazer danos aos rins, afetando sua capacidade de filtragem. Mas como isso acontece?

O processo de digestão dos alimentos gera resíduos. Essas substâncias que o corpo não vai utilizar geralmente têm moléculas bem pequenas, que passam pelos capilares e vão compor a urina. As substâncias úteis, por sua vez, a exemplo das proteínas, têm moléculas maiores e continuam circulando no sangue.

O problema é que os altos níveis de açúcar fazem com que os rins filtrem muito sangue, sobrecarregando nossos órgãos e fazendo com moléculas de proteína acabem sendo perdidas na urina.

A presença de pequenas quantidades de proteína na urina é chamada de microalbuminúria. Quando a doença renal é diagnosticada precocemente, durante a microalbuminúria, diversos tratamentos podem evitar o agravamento.

Quando é detectada mais tarde, já na fase da macroalbuminúria, a complicação já é chamada de doença renal terminal. Com o tempo, o estresse da sobrecarga faz com que os rins percam a capacidade de filtragem. Os resíduos começam a acumular-se no sangue e, finalmente, os rins falham. Uma pessoa com doença renal terminal vai precisar de um transplante ou de sessões regulares de hemodiálise.


A ACEITAÇÃO DA DOENÇA É O PRIMEIRO PASSO PARA A EFICÁCIA DO TRATAMENTO, UMA VEZ QUE PASSAMOS A CUIDAR DA SAÚDE E ASSIM EVITARMOS AS SUAS COMPLICAÇÕES. 


Com carinho, 
Helô


OBS: Visitem a minha página do Facebook chamada Blog Hemodiário (https://www.facebook.com/BlogHemodiario) e o meu perfil do Instagram com o nome de @blog_hemodiario. Até lá!

OBS2: Venham participar do grupo HEMODIÁRIO na Facebook!!!




2 comentários:

  1. Gostei bastante do seu post, Heloisa. Informações claras e objetivas, como deve ser. Eu, como diabética, repasso a cada amigo ou familiar meu, como proceder no caso de uma crise hipo. Aliás, eu coloquei essa e outras informações sobre hipoglicemia no meu website pra informar as pessoas de um modo geral.

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