quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

HemoFamília #13 - Nostalgia do Natal

Olá, amigos!


Agora vou falar-lhes sobre outra semana na Clínica Maldivas. Escolhi este nome, porque, se Deus quiser, farei um transplante renal e irei conhecer esta ilha paradisíaca.  Os  demais  nomes  também são fictícios e inspirados em nomes bíblicos, pois a fé passa a ser o nosso norte.

Cada episódio semanal desta série corresponde a 3 sessões de hemodiálise, mais especificamente às de 6ª, 2ª e 4ª feira. Assim, eu a publico na 4ª ou 5ª feira. Claro que isso não é uma regra, mas uma diretriz para o momento.

Os aproximados 30 pacientes que fazem hemodiálise no meu turno, mais alguns de outros turnos, mais os médicos, as enfermeiras, os técnicos de enfermagem, o pessoal da limpeza, o repositor de material, o técnico das máquinas, as recepcionistas e outros, acabam formando uma família, na qual todos acompanham os problemas uns dos outros, compartilham seus sofrimentos, torcem pela recuperação alheia, alegram-se quando alguém faz transplante e sofrem quando alguém falece. É difícil de explicar, mas a habitualidade da convivência com pessoas tão diferentes em situações bem parecidas, nos tornam familiares e isso é muito bom e confortante.

                                                                  

                                                                  fonte: Psiconlinebrasil 



Estamos em dezembro. As cidades e as casas se preparam para o Natal (nascimento do menino Jesus) e para as festas de final de ano. Árvores de Natal, enfeites luminosos, presépios e um mágico clima de amor, tolerância, generosidade, caridade está no ar. Tudo fica diferente e todos nós somos contagiados por este clima mágico, nostálgico e adorável. As famílias se reúnem, os amigos se confraternizam, as pessoas presenteiam uma as outras e todos pensam e ajudam os mais carentes. Adoro esta época!

A minha Clínica Maldivas não poderia fugir deste clima. Alguns enfeites, que foram autorizados pela Vigilância Sanitária, foram colocados, amigos secretos foram feitos, lembrancinhas foram trocadas pelas pessoas, um bingo foi patrocinado pela Clínica e um lanche coletivo foi feito. Eu levei um delicioso sanduíche de metro de rosbife de uma famosa padaria perto da minha casa e uma garrafa de Guaraná, uma vez que quem faz hemodiálise não pode tomar coca ou pepsi por ter muito fósforo. Foi muito bom e alegre, mas eu fiquei um pouco deprimida, com saudades dos meus entes queridos que já não estão mais entre nós. Nostalgia!

As duas últimas semanas do ano, o nosso calendário foi modificado para que ninguém trabalhe ou faça hemodiálise nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro. De modo que, nessas duas semanas, eu farei hemodiálise nos domingos (22/12 e 29/12), nas terças-feiras (24/12 e 31/12) e nas sextas-feiras (27/12 e 3/1) e não nas segundas e quartas-feiras  como durante o ano todo. Achei ótima e justa esta mudança!

É tempo de apreciarmos o presépio e meditarmos nos ensinamentos que ele nos traz. Por isso, eu resolvi postar a história do presépio e pedir-lhes que pensemos na nossa fragilidade como seres humanos e doentes, mas que, aceitando com leveza a nossa doença, possamos ir em busca da nossa salvação. Que Deus abençoe todos nós!!!  


                                                                 fonte: presépio

                          Origem e significado do presépio (Paróquia Nossa Senhora do Carmo)

Ao longo dos anos, os países católicos ao festejarem a data utilizam várias tradições natalinas como canções, a figura do Papai Noel, a ceia de Natal, a árvore de Natal e em especial o presépio de Natal.

O termo presépio vem do latim praesaepe com o significado de estrebaria, curral, estábulo. Foi num destes espaços que nasceu a figura, real e histórica, conhecida para a posterioridade com o nome de Jesus. Não foi porque a sua mãe e o seu pai José e Maria tivessem deliberadamente escolhido este lugar, mas foi o único que lhes concederam.

O presépio é uma das representações mais singelas do nascimento de Jesus Cristo. Procura resgatar a importância e magnitude daquele momento ao mesmo que nos lembra a forma simples e humilde em que se deu o nascimento. A presença do menino Deus naquele estábulo, ao lado de seus pais, tendo por testemunhas os pastores e os animais e recebendo a visita dos Reis Magos, guiados à gruta pela estrela de Belém, mostra a grandeza e a onipotência de Deus representada na fragilidade de uma criança.

Esta representação foi criada por São Francisco de Assis em 1223 que, em companhia de Frei Leão e com a ajuda do senhor Giovanni Vellina, montou em uma gruta da floresta na região de Greccio, Itália, a encenação do nascimento de Jesus. Na época já havia 16 anos que a Igreja tinha proibido a realização de dramas litúrgicos nas Igrejas, mas São Francisco pediu a dispensa da proibição, desejoso que estava de lembrar ao povo daquela região a natividade e o amor a Jesus Cristo. O povo foi convidado para a missa e ao chegarem à gruta encontraram a cena do nascimento vivenciada por pastores e animais.

São Francisco morreu dois após, mas os Frades Franciscanos continuaram a representação do presépio utilizando imagens.

No Brasil, a cena do presépio foi apresentada pela primeira vez aos índios e colonos portugueses em 1552, por iniciativa do jesuíta José de Anchieta. A partir de 1986, São Francisco é considerado o patrono universal do presépio.

"Fazer presépios é unir mundos". O mundo animal, os homens e o mundo mineral (pedras e presentes) se unem na contemplação do nascimento de Jesus. Os reis Magos em uma interpretação mais recentes são lembrados como um símbolo da união dos povos: Gaspar, o negro: Melchior, o branco e Baltazar, o asiático.

E se, passados tantos séculos, o presépio continua sendo, depois da missa, a celebração mais digna do Natal, é porque um gênio de poeta e santidade o imaginou para, de modo bem plástico e didático, continuar fazendo os homens relembrarem o supremo gesto de amor do Filho de Deus, como escreve Santo Agostinho.

O presépio foi organizado por São Francisco para visualizar, sensibilizar, facilitar a meditação da mensagem evangélica do conteúdo do mistério de Jesus Cristo, que nasce na pobreza, na simplicidade, para fazer o homem mais humano: Filho de Deus, irmão de todos os demais homens, harmonizado com o universo. Cada figura do presépio tem seu conteúdo evangelizador. É preciso explicitá-lo, captá-lo e vivenciá-lo:

a) José: o esposo, o companheiro; o pai, o homem que ama, trabalha, é responsável; o homem que respeita, que sustenta, que orienta; o homem de oração...

b) Maria: a esposa, a mãe, a companheira fiel, pura, digna, cumpridora da vontade de Deus (Eis aqui a serva do Senhor...); a mulher que educa, ora, medita em seu coração os mistérios da maternidade; é toda doação e dedicação...

c) Os pastores e os sábios: os simples e os sábios: os simples e os cultos, pessoas à escuta, em busca, que sabem ler os sinais dos tempos, saem de si para encontrar os outros, lêem no outro a presença de Deus...

d) Os animais, o feno, a gruta: a natureza toda a serviço do homem e de Deus, e quem acolhe o homem, acolhe a Deus...

e) A estrela: guia, luz, ideal, sentido...

f) Os anjos: mensageiros de Deus, comunicadores da Boa Notícia.

As palavras de paz e serenidade de São Francisco trazem até nós o sentido verdadeiro do Natal: "Todos os homens nascem iguais, pela sua origem, seus direitos naturais e divinos e seu objetivo final" e ainda "No presépio se honra a simplicidade, se exalta a pobreza, se elogia a humildade". (Fontes Franciscanas, I Cel. 85)

Na pobreza do presépio, meditemos sobre o mistério da encarnação, buscando encontrar-se com o verdadeiro Deus que se faz humilde para nos ensinar que a maior riqueza não está naquilo que se tem, e sim naquilo que se é.


QUE SEU CORAÇÃO SEJA A VERDADEIRA MANJEDOURA DO MENINO DEUS!!!
                                                                 

Amigos, eu lhes desejo um santo Natal e um abençoado 2014!!


Com carinho,

Helô




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