terça-feira, 10 de dezembro de 2013

HemoFamília #12 - Recuperação

Olá, amigos!

Agora vou falar-lhes sobre outra semana na Clínica Maldivas. Escolhi este nome, porque, se Deus quiser, farei um transplante renal e irei conhecer esta ilha paradisíaca. Os demais nomes também são fictícios e inspirados em nomes bíblicos, pois a fé passa a ser o nosso norte.

Cada episódio semanal desta série corresponde a 3 sessões de hemodiálise, mais especificamente às de 6ª, 2ª e 4ª feira. Assim, eu a publico na 4ª ou 5ª feira. Claro que isso não é uma regra, mas uma diretriz para o momento.

Os aproximados 30 pacientes que fazem hemodiálise no meu turno, mais alguns de outros turnos, mais os médicos, as enfermeiras, os técnicos de enfermagem, o pessoal da limpeza, o repositor de material, o técnico das máquinas, as recepcionistas e outros, acabam formando uma família, na qual todos acompanham os problemas uns dos outros, compartilham seus sofrimentos, torcem pela recuperação alheia, alegram-se quando alguém faz transplante e sofrem quando alguém falece. É difícil de explicar, mas a habitualidade da convivência com pessoas tão diferentes em situações bem parecidas, nos tornam familiares e isso é muito bom e confortante.
                                                                  

                                                                  fonte: Psiconlinebrasil 


Na última sexta-feira, 6 de dezembro de 2013, cheguei cedo à clinica. Entrei na sala, onde os pacientes da manhã ainda estavam ligados à máquina, lavei o braço da fístula, peguei um soro fisiológico e duas gases para umedecer os dois pontos da punção (túneis). Faço isto antes de todas as sessões de hemodiálise para que as "casquinhas" formadas após a sessão anterior se soltem com facilidade e não tenham que serem retiradas com a ponta da agulha, que é bem dolorido. Faço tudo que está ao meu alcance para tornar as minhas sessões de hemodiálise menos doloridas  e mais agradáveis.

Os pacientes de hemodiálise tem algumas obrigações, entre elas conferir o seu capilar (filtro do sangue). Assim, antes de ser ligado, cabe ao paciente ler o seu nome no capilar que está na máquina a qual será ligado. Este é um procedimento de segurança muito importante.

Cada capilar vem num caixa com a identificação do paciente e a técnica de enfermagem o coloca na máquina correspondente. Por isso, na minha clínica, em regra, os pacientes tem as suas máquinas fixas, o que facilita a memorização do funcionário e evita a troca do capilar. Essa troca pode ser fatal.

No Brasil, o capilar é reutilizado de 12 a 20 vezes, dependendo de ser a lavagem manual ou automatizada. Outros países, como o Estados Unidos, o capilar é utilizado uma única vez e depois é desprezado.

No dia 6 de dezembro, quando entrei na sala antes da minha sessão, percebi que tinham 3 caixas de capilares sobre a bancada e não 4, como de costume. Perguntei à técnica Ana e ela me disse que o Dr. Isaías não iria fazer hemodiálise. Perguntei o porquê, mas ela não soube me responder. Saí da sala e fui para a sala de espera.

De repente, o Dr. Isaías (71 anos) chegou e eu estranhei. Comentei com ele sobre o capilar e o que tinha me falado a técnica Ana. Ele ficou surpreso. Logo depois, a Dra. Ester o chamou e informou-lhe que ele estava liberado da hemodiálise, pois a sua função renal tinha se recuperado. Ele fez 11 sessões de hemodiálise na clínica Maldivas, mas a sua presença ficou marcada de forma muito positiva. A sua recuperação foi um momento de muita alegria!

Recordando o post anterior, o Dr. Isaías teve uma insuficiência renal aguda decorrente de sua internação de 35 dias e a utilização de medicamentos muito fortes.


                                                                     fonte: 4work          

As 11 sessões de hemodiálise que tive o prazer de conviver com o Dr. Isaías foram ótimas. Ele é um advogado muito culto, amável e conciliador. Já estou sentindo saudades, mas é muito bom presenciar a recuperação de um paciente e sua liberação deste tratamento tão limitante. Que Deus o abençoe!!!


SONHAR  (Ivone Boechat)

Sonhar o impossível
é fazer milagre,
basta acordar,
ultrapassar o limite,
vencer barreiras
e chegar!
O sonho é ventre do milagre,
a vitória é filha da vida,
vida é milagre,
basta acreditar.


Amigos, vamos sonhar o impossível e ter fé e esperança que um milagre poderá acontecer!!!


Com carinho,

Helô




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