quinta-feira, 30 de junho de 2016

Buttonhole ou rope ladder

Olá, amigos!

Faço hemodiálise desde 8/5/2013. 

Desde o início, a técnica de acesso à fístula escolhida pela equipe médica foi a buttonhole (túnel). Nesta técnica, a agulha de corte é inserida nos mesmos locais (arterial e venoso) da fístula  por aproximadamente 15 vezes pela mesma profissional até formar uma canulação (túnel) e posteriormente serão utilizadas as agulhas romba (sem corte) para acessar esses túneis. As vantagens desta técnica são: 1) a canulação é menos dolorida; 2) as agulhas são inseridas mais facilmente no curso da veia; 3) os pacientes podem usar agulhas cegas, que reduzem o corte do túnel e o gotejamento subsequente durante a hemodiálise. Já a desvantagem mais significativa é o aumento do risco de infecção caso a "casquinha" (coágulo de cicatrização fornada entre as diálises nas entradas dos túneis) não for devidamente removida dos dois túneis antes da punção. Fiquem sempre atentos!!!

Esta técnica surgiu em 1976 na Europa. Mas não se sabe ao certo quando ela começou a ser utilizadas no Brasil.

O meu túnel arterial é o mesmo desde o início. 

Já o venoso, estou no 2º túnel, sendo que o 1º durou 2 anos e 5 meses. Foi refeito com agulha de corte em outubro de 2015 e abandonado em março de 2016. Em abril de 2016, um 2º túnel foi formado, mas tive problemas na sexta-feira, 24/6/2016 (puncionaram com 3 agulhas: 2 rombas e 1 de corte, fora as tentativas internas para acessar o túnel. MUITO DOLOROSO!) e na quarta-feira, 29/6/2016, quando utilizaram duas agulhas romba, que, além de doloroso, no local formou um edema (foto). A causa do problema é desconhecida. Apenas constata-se a presença de coágulos que entopem a agulha romba. Estranho! Por quê há coágulos no acesso venoso e no arterial não? Se a causa fosse os eritrócitos estarem elevados, então formaria coágulos em ambos os túneis. Se fosse falta de exercício ou a não ingestão se AAS infantil, ambos os acessos teriam coágulos. Realmente, tudo é muito complexo no mundo da hemodiálise e há ainda muito a estudar.


                        
                                                    Foto tirada em 30/6/2016


Após mais de 3 anos de hemodiálise e ouvindo muitas pessoas, eu não sei dizer qual técnica de acesso é melhor: punção em local progressivo (rope ladder) ou sempre no mesmo local (buttonhole).

"Usar o poder da decisão lhe dá a capacidade de superar qualquer justificativa para mudar toda e qualquer parte de nossa vida num instante." (Anthony Robbins)


Agradeçam a Deus todos os dias por terem saúde!!!



Com carinho, 
Helô


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2 comentários:

  1. Olá eu sou Rosy meu marido fez uma fístula e esta esperando a cicatrização para começar as sessões de diálise, estou com muito medo e ele mais ainda porq não sabemos de nada, o blog nos ajudou muito ,mas as perguntas que não querem calar, as sessões são muito dolorosas,Ele vai passar mal depois,sera que ele vai conseguir trabalhar normalmente.

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    1. Olá, Rosy!
      No começo, até a fistula se desenvolver, a equipe pode ter alguma dificuldade de puncioná-lo e causar algum desconforto durante as punções. Mas depois que ele tiver sido puncionado e ligado à máquina, ele não sentirá dor alguma. De modo que eu costumo dizer que dói 2 picadas e o resto é sem dor. Praticamente não dói. Depois da hemodiálise, cada paciente se sente de uma maneira. Eu sempre preciso chegar em casa e dar uma deitada de uns 30 minutos. A lógica é reequilibrar ou distribuir adequadamente o líquido retirado pela máquina. Depois, normalmente, consigo levar uma vida normal.
      Lembre-se que nós somos um doente renal crônico (doença grave) e a hemodiálise é um TRATAMENTO que permite que continuemos a viver e vive bem, desde que façamos a nossa parte, seguindo as orientações médicas e nutricionais.
      Bom sorte!
      Abraço, Helô

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